7º ANO - ATIVIDADE 6 - 10 DE MAIO DE 2021 - professora Andrea Fusco

 Anote o cabeçalho com a data e o número da atividade em seu caderno de língua portuguesa.

VOCÊ DEVERÁ COPIAR TODAS AS PERGUNTAS NO CADERNO!

O que veremos nesta atividade?

Nesta atividade, vamos ler e comparar duas notícias sobre o processo de vacinação entre indígenas, analisando também o efeito negativo de fake News na vida das pessoas. Vamos analisar usos de adjetivos e pronomes nesses dois textos e aprender a reconhecer a estrutura de uma palavra. E estudar mais um pouquinho de ortografia.

TEXTO 1

Para índios da Capital, vacinação é sinônimo de esperança e volta à normalidade

Hoje é dia de imunização dos índios com idade acima de 18 anos na Aldeia Marçal de Souza, em Campo Grande

Por Silvia Frias e Bruna Marques | 11/04/2021 09:30

       A morte de 6 índios e o grande número de infectados entre os residentes na aldeia urbana Marçal de Souza, em Campo Grande, foram os argumentos utilizados pelos caciques para convencer os que ainda resistiam em participar da imunização contra covid-19, neste domingo.

A estimativa é que cerca de 600 índios das aldeias urbanas de Campo Grande, com idade acima de 18 anos, recebem a 1ª dose da vacina. A vacinação começou por volta das 7h30 e segue durante toda a tarde.

Josias Jordão Ramires, 33 anos, é cacique na Marçal de Souza desde 2019. Um dos desafios para a jovem liderança foi fazer com que a comunidade se convencesse da vital importância da imunização. “Houve grande rejeição, mas tivemos 6 mortes e 94% da comunidade pegou a doença”.

O cacique acredita que a imunização é início do retorno à normalidade. “Isso é marco histórico para todos nós, a importância de se imunizar e voltar à vida normal que sempre tivemos, de tomar tereré, conversar com vizinhos, falar da nossa cultura em uma roda de conversa, uma vitória para nós”.

A data também tem sentido pessoal para Ramires, que perdeu a mãe para a doença, no dia 26 de julho do ano passado. “Nem dormi essa noite, o coração acelera, se tivesse chegado pouco antes [vacina], ela estaria aqui na fila”. Ao todo, diz que perdeu 4 parentes para a covid-19. -

Representante das lideranças mais antigas, o cacique Josué Nimbu, da aldeia Nova Canaã, no Jd. Noroeste, estava na Marçal de Souza para acompanhar a imunização. “Estamos com o coração de alegria com essa vacina. Esse maldito vírus que está ceifando a vida de muitas pessoas, mas Deus deu sabedoria para os médicos e para os homens”, avaliou. “Não via a hora de amanhecer”.

Quem também perdeu o sono foi a assistente administrativa Gisele Antônio Francelino, 40 anos, residente da comunidade há 23 anos. “Peguei covid em julho do ano passado e foi assustador”, lembrando que o marido e os 3 filhos também ficaram doentes, sem gravidade. Embora não tenha perdido familiares, viveu o luto por amigos infectados e que não resistiram à doença.

Na fila para ser imunizada, a professora Maria Auxiliadora Bezerra, 48 anos, comemorava a chegada das doses nas aldeias urbanas, antes, restrita aos indígenas aldeados em zona rural. “Não deixamos de ser índios porque moramos na cidade, os caciques correram atrás e hoje é o resultado desta luta, uma conquista”. A professora estava ansiosa: mãe de dois rapazes de 23 e 14 anos e avó de meninos de 4 e 2 anos, tem esperança de retomar a vida que conhecia antes da pandemia e olhar para o futuro. “Meus netos são tão pequenos, quero ver eles crescerem”.

Os mais jovens também compartilhavam da mesma ansiedade. Vitória Cristine Soares Antônio, 20 anos, estava feliz. “Significa basicamente esperança”, disse, acrescentando estar feliz e ansiosa.

Bryan Soares, também de 20 anos, esperava que a vacinação chegasse de forma mais tranquila, mas foi preciso a luta e a cobrança dos direitos dos indígenas da zona urbana. “Estou feliz de receber vacina, veio em momento importante; tivemos mortes de nossos anciões que participaram da construção da nossa comunidade, eram livros vivos para nós”, lamentou.



QUESTÕES

1.De acordo com o texto 1, qual o principal argumento usado pelos caciques para convencer os índios a se vacinarem?

 

2.Esse mesmo argumento usado pelos caciques é compartilhado pelos outros entrevistados no texto? Explique.

 

3.Adjetivos são palavras que usamos para caracterizar, para diferenciar as características de algo ou de alguém. Leia os fragmentos de texto abaixo e tente encontrar os adjetivos que estão caracterizando as personagens.

a)” Meus netos são tão pequenos. Quero ver eles crescerem”.

b)“Vitória Cristine Soares Antônio, 20 anos, estava feliz. “Significa, basicamente, esperança”, disse, acrescentando estar feliz e ansiosa.

 

4.Pronomes são palavras que usamos para substituir ou se referir a outras palavras já faladas no texto. Observe os pronomes destacados no fragmento de texto abaixo.

“O cacique acredita que a imunização é início do retorno à normalidade. “Isso é marco histórico para todos nós, a importância de se imunizar e voltar à vida normal que sempre tivemos, de tomar tereré, conversar com vizinhos, falar da nossa cultura em uma roda de conversa, uma vitória para nós”.

a)Nessa parte do texto, “isso” se refere a quê?

b)Nessa parte do texto, “nós” se refere a quem?

c)Nessa parte do texto, “nossa” se refere a quem?

 

5.Leia o fragmento de texto abaixo. Observe as palavras destacadas.

“Representante das lideranças mais antigas, o cacique Josué Nimbu, da aldeia Nova Canaã, no Jd. Noroeste, estava na Marçal de Souza para acompanhar a imunização. “Estamos com o coração de alegria com essa vacina. Esse maldito vírus que está ceifando a vida de muitas pessoas, mas Deus deu sabedoria para os médicos e para os homens”, avaliou”. 

Agora responda:    

a)Qual dessas duas palavras destacadas está dando ideia de intensidade ou quantidade?

         b)Qual dessas duas palavras destacadas está sendo usada para introduzir uma ideia contrária?

TEXTO 2

Informações falsas fazem indígenas temerem vacinação contra covid-19 no Paraná

Em Guaíra (PR), 63 indígenas Avá-Guaranis já foram vacinados; contudo, membros do grupo ainda demonstram desconfiança

Júlio Cesar Carignano

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

 27 de Janeiro de 2021 às 15:14

Em meio a muitas incertezas e de forma tardia, teve início no Brasil, na semana passada, a campanha de  vacinação contra covid-19 para os grupos considerados prioritários. Um dos grandes desafios nesta primeira etapa de imunização é combater a desinformação e a propagação de notícias falsas, as chamadas “fake news”, compartilhadas por grupos que colocam em xeque a procedência das vacinas.

O obstáculo da desinformação é uma das principais preocupações de lideranças indígenas no Paraná. É o que aponta o cacique Ilson Soares, da terra indígena Yvohy, em Guaíra, comunidade que iniciou, nesta terça-feira (26), a imunização com aplicação da primeira dose da vacina em 63 indígenas Avá-Guarani.

“Nossa comunidade estava na expectativa para o início da vacinação, uma boa parte esperançosa com a chegada desta vacina, mas ainda contamos com o receio de alguns parentes que não querem ou têm medo de tomar a vacina”, diz o cacique.

Temor tem por base informações falsas

Segundo Soares, esse temor da vacinação se deve a informações falsas que têm circulado, além de histórias oriundas ainda da época da ditadura militar.

“Antepassados contavam histórias que perdemos muitos parentes naquela época por tomarem vacinas que eram contaminadas propositalmente com doenças com o objetivo de dizimar nossas comunidades. Hoje os tempos são outros e estamos buscando conscientizar a todos da importância de sermos imunizados e mantermos os cuidados mesmo após a vacina”, afirma o cacique.

Entre as mentiras veiculadas em comunidades estão a que os indígenas estão no grupo prioritário como “cobaias”, que a vacina provoca câncer e altera o DNA das pessoas ou que os indígenas vacinados irão falecer em seis meses.

Campanha de conscientização

Diante da onda de fake news, associações indígenas e indigenistas têm feito campanhas de conscientização junto às comunidades para combater esse movimento antivacina. “Historicamente os nossos povos sempre foram vítimas de doenças e epidemias trazidas pelos invasores. E, preocupados com que eles também fossem dizimados por esses males, correram atrás das curas. Mas também temos que ressaltar que as inúmeras vacinas hoje conhecidas contra doenças como o sarampo, a febre amarela e a gripe foram fundamentais para o controle dessas doenças”, pronunciou-se a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) em nota direcionada às comunidades.

Ataques nas redes

Além da disseminação de informações falsas, os indígenas têm sido alvo de ataques nas redes sociais desde que foi anunciado que seriam um grupo prioritário na primeira etapa da vacinação, em razão do histórico de doenças e epidemias trazidas por agentes externos às aldeias, que historicamente dizimaram comunidades. Além de serem mais suscetíveis a doenças infectocontagiosas, a letalidade da covid-19 na população indígena é maior que na população não indígena.

Letalidade entre indígenas

Em quase um ano de pandemia, de acordo com dados do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena da APIB, 46.508 indígenas foram contaminados e 929 faleceram em decorrência de covid-19, afetando diretamente 161 povos em todo o país.

A alta mortalidade está diretamente ligada à situação de muitas comunidades, com casos de desnutrição, falta de acesso a água potável e dificuldade do acesso à saúde.

Ainda não há previsão de quando será aplicada a segunda dose da vacina contra covid-19 nas aldeias do Paraná. Enquanto isso, as aldeias seguem em alerta.

“Estamos conscientizando os parentes para que continuem tomando os cuidados mesmo após a vacina, para não abrir mão das máscaras, do álcool, não se aglomerar e sair das aldeias somente em necessidade, como no caso dos indígenas que trabalham nas cidades”, afirma Soares.

(Disponível em https://www.brasildefato.com.br/2021/01/27/informacoes-falsas-fazem-indigenas-temerem-vacinacao-contra-covid-19-no-parana Acesso em 20 de abril de 2021)

QUESTÕES

6.De acordo com o texto 1, qual a opinião dos índios de Campo Grande (MS) sobre a vacinação? Essa opinião é compartilhada no texto 2 pelos índios de Guaíra (PR)? Explique.

      7.Quais foram as fake News que influenciaram na opinião dos índios em Guaíra? Como essas notícias falsas chegaram até eles?


TEXTO 3: ESTRUTURA DAS PALAVRAS (para copiar no seu caderno)

Observe as palavras a seguir:

Índios

Indígenas

Indigenistas

Certamente, você percebeu que além de terem significados próximos, essas três palavras apresentam uma parte em comum: “-indi”. Essa parte fixa, que serve de base para formarmos novas palavras, recebe o nome de RADICAL.

As terminações acrescentadas depois do radical de uma palavra são chamadas de SUFIXOS. Todas as palavras apresentam um sufixo.

Agora observe essa outra palavra: desinformação. Qual seria o radical dessa palavra? Para saber, basta escrever outras palavras que sentido e estrutura semelhantes.

Veja:

    Informar

    Informação

Desinformação

No caso de“desinformação” foi acrescentado um fragmento de palavra antes do radical. Quando isso acontece, temos um PREFIXO. A maioria das palavras não têm prefixo.

(Texto: professora Andrea Fusco, especialmente para esta atividade)



TEXTO 4: Emília forma palavras (para ler)

─ Pois é ─ continuou a velha, ainda tonta da sapequice gramatical de Emília. ─ A raiz das palavras não muda; de modo que para formar palavras, a gente faz como o jardineiro: poda o que não é raiz e enxerta o sufixo.

─ Em vez de enxertar o sufixo no fim, não é possível enxertá-lo no começo? ─ quis saber Narizinho.

─ Não ─ respondeu a velha. ─ Os sufixos, assim como os rabos dos animais, só se usam na parte traseira. Há, porém, os irmãos dos sufixos que servem justamente para enxertos no começo da raiz.

─ E como se chamam?

─ PREFIXOS; PRÉ quer dizer antes. RE, TRANS, A e COM, por exemplo, são prefixos. Se tomarmos o verbo FORMAR e grudarmos na frente dele esses prefixos, teremos os novos verbos REFORMAR, TRANSFORMAR, CONFORMAR, todos com sentido diferente.

(LOBATO, Monteiro. EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA. 2ª edição comentada. São Paulo: Globo, 2008)

QUESTÕES

8. Após ler e prestar atenção na explicação do texto, responda:

a)As palavras apresentam uma parte fixa chamada:_____________________

b)Afixos são pequenos fragmentos de palavras que se juntam ao radical para formar novas palavras. Podem ser de dois tipos: _________________  e _______________

c)O afixo que se coloca antes do radical é chamado de __________________

d)O afixo que se coloca depois do radical é chamado de _________________

 

9. Encontre o radical das seguintes palavras: vacinação, incertezas, conscientização, mortalidade, desnutrição e responda: quais delas apresentam sufixo? E quais apresentam prefixo?

10.Observe as palavras a seguir: confiança/ desconfiança – informação/desinformação – nutrição/desnutrição.

a)Quais dessas palavras têm um prefixo?

b)Que ideia esse prefixo acrescentou à palavra original?

c)Escreva mais três palavras com esse mesmo prefixo.

  11. Forme novas palavras acrescentando o sufixo “ação” às palavras originais.

a) Vacinar – vacinação

b) Informar - informação

c) Disseminar –

d) Propagar –

e) Nutrir –

f) Imunizar –

g) Rejeitar –

É importante observar que o sufixo “ação” acrescenta ao radical da palavra uma ideia de agir, de praticar uma ação. Então, veja: vacinar / vacinação. Vacinação é o ato de vacinar. Assim como “informação” é o ato de informar.

 

12. “Nossa comunidade estava na expectativa para o início da vacinação, uma boa parte esperançosa com a chegada desta vacina” (...), diz o cacique.

A palavra “esperançosa” é um adjetivo. O sufixo “oso/osa” dos adjetivos é sempre escrito com letra S.

Vamos treinar essa regra?

Acrescente o sufixo oso/osa às palavras da lista abaixo.

Exemplo: Aquele que tem esperança é esperançoso

a)O que tem sabor é: _________________

b)O que tem gosto agradável é: ____________

c)Quem tem orgulho é: _______________

d)Quem tem vaidade é: ________________

e)O que tem charme é: ________________

f)Quem tem carinho é: ________________

g)Quem tem medo é: _________________

h)Quem tem inveja é: _________________

i)Quem tem poder é: __________________

j)Quem estuda muito é: ________________




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