9º ANO - ATIVIDADE 5 - 26 DE ABRIL DE 2021 - professora Andrea Fusco

 Anote o cabeçalho com a data e o número da atividade em seu caderno de língua portuguesa.

VOCÊ DEVERÁ COPIAR TODAS AS PERGUNTAS NO CADERNO!

Importante: organize seu caderno de língua portuguesa. Não misture as atividades de língua portuguesa com outras matérias. Se puder, tenha um caderno só para língua portuguesa.

 

ATIVIDADE 5: O que veremos nesta atividade?

Nesta atividade, vamos estudar a relação entre norma-padrão e preconceito linguístico. Vamos estudar brevemente as origens da língua portuguesa e conhecer um famoso poema de Olavo Bilac em homenagem à nossa língua. Em seguida, vamos assistir a uma reportagem sobre a importância de se saber a norma-padrão para o mercado de trabalho atual. Por fim, vamos pesquisar variações ortográficas e refletir sobre o uso de vírgulas em textos que circulam nas redes sociais.


Texto 1

NORMA-PADRÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO (para ler)

Memes como este acima são apenas uma forma bem humorada de se tratar de um assunto polêmico: o preconceito linguístico. O jeito de falar de alguém, o modo como uma pessoa se apropria da língua que fala, diz muito a respeito dessa pessoa. Pelo jeito de falar pode-se deduzir a origem geográfica de uma pessoa, a faixa etária, o grau de escolaridade e até o nível socioeconômico de alguém. Para muitos, tais características servem de argumento para desvalorizar socialmente e até humilhar uma pessoa.

Esse tipo de comportamento social não é novo e já se reproduz há séculos no mundo inteiro, entretanto, a popularização das redes sociais contribuiu para torná-lo ainda mais presente no cotidiano. Por meio dessas redes, as pessoas passaram a se comunicar mais por meio da escrita e, a partir de então, os erros de ortografia, acentuação, concordância entre outros ficaram mais evidentes e se tornaram objeto de discussão e julgamentos sobre a capacidade intelectual de uma pessoa.

Vivendo em um mundo dividido e polarizado, muitos tendem a acharem-se superiores aos outros por compartilharem de ideias e valores cultivados pela parte mais bem-sucedida da sociedade, a chamada elite intelectual. Dentre esses valores compartilhados socialmente, está a língua falada e escrita em sua modalidade oficial: a norma-padrão.

Assim sendo, para muitas pessoas, falar e escrever “corretamente” fazem parte do jeito de ser e pensar de pessoas que desfrutam de prestígio social. Do mesmo modo, em sentido contrário, falar e escrever “errado” fazem parte do jeito de ser de pessoas que desfrutam de pouco ou nenhum prestígio social.

Norma-padrão ou norma-culta?

Muitos são os termos usados para nos referirmos ao “português correto”, que está de acordo com todas as regras da chamada gramática normativa. Podemos dizer “norma-padrão”, norma culta”, “variante padrão”, “variante culta”. Entretanto, a escolha dos termos “padrão” ou “culta” pode produzir diferentes efeitos de sentido em diferentes contextos.

“Padrão” significa modelo a ser seguido, portanto, ao usarmos o termo norma-padrão estamos considerando que se trata de um português modelo para ser seguido em situações formais, acadêmicas ou nas quais não haja intimidade entre os interlocutores. Por outro lado, a expressão “norma culta” pode causar a impressão de que somente as pessoas cultas, as pessoas que compartilham dos valores culturais das elites intelectuais, falam corretamente. Surge aí, um outro problema: o conceito de cultura. Ao considerarmos como culta apenas uma forma de se usar a língua portuguesa, estamos considerando também que existe uma só cultura a ser reconhecida, uma cultura melhor do que as outras. Entretanto, essa é uma visão limitada sobre cultura, pois a pluralidade cultural faz parte do nosso dia-a-dia.

Há diferentes culturas, diferentes formas de ser e estar no mundo. Consequentemente, há diferentes formas de se usar a língua portuguesa. A norma-padrão é apenas uma delas, indicada para situações formais e acadêmicas, situações públicas e todas as vezes em que não há intimidade entre os falantes. A linguagem coloquial usada no cotidiano também está correta, mas deve ser usada, preferencialmente, em situações mais íntimas e particulares entre os falantes.                                                                               (Texto: professora Andrea Fusco, especialmente para esta atividade)

QUESTÕES

Leia o texto 1 para responder às questões a seguir. Não se esqueça de copiar as perguntas.

1.De acordo com o texto 1, o que é preconceito linguístico?

2.Em seu dia-a-dia, como você lida com o preconceito linguístico?

3.Qual a diferença de sentido entre os termos “norma-padrão” e “norma culta” apresentada no texto 1?

TEXTO 2



ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA (para ler)

A língua portuguesa originou-se do Latim, a língua falada pelos romanos. Inicialmente, o latim era uma língua pouco conhecida, falada apenas numa pequena região da Península Itálica chamada LÁCIO. Entretanto, logo se espalhou pelo mundo. Isso ocorreu porque os romanos foram grandes conquistadores de territórios e durante muito tempo o Império Romano dominou boa parte da Europa, do norte da África e do Oriente Médio. Ao dominarem novos territórios, os romanos impunham suas leis, seus costumes, e, é claro, sua língua. O Latim foi, assim, se misturando às línguas dos povos que habitavam as terras conquistadas, influenciando-as e por elas sendo influenciado.

Desta forma, do Latim originaram-se muitos idiomas ainda falados na atualidade, como o Português, o Italiano, o Francês, o Espanhol, o Romeno. Vale ressaltar que essas línguas não se formaram a partir do Latim culto, cultivado pela elite e pelos escritores romanos, mas, sim, do Latim vulgar falado pelas pessoas comuns, no dia-a-dia, e cheio de influências de outras línguas nos diferentes lugares dominados pelos romanos.

Portugal é o lugar de origem da nossa língua. Como você sabe, esse pequeno país fica logo na entrada na Europa, numa região chamada Península Ibérica. Por causa de sua posição geográfica, essa região sofreu muitas invasões de povos que desejavam conquistar terras europeias. Somente com o passar dos séculos, depois de muita guerra, é que se formaram os Estados Nacionais, que correspondem mais ou menos ao que chamamos hoje popularmente de países. Para garantir o espaço territorial e uma (pelo menos aparente) unidade linguística, os reis trataram de fortalecer seus exércitos e garantir a difusão de uma língua oficial (norma-padrão), que deveria ser aprendida, falada e escrita por todos.                                                                                                                                                             (Texto: professora Andrea Fusco, especialmente para esta atividade)

Texto 3: (para ler)

VOCABULÁRIO: Só para ajudar você a entender o texto 3 (para ler)

1.GANGA: Restos de minério não aproveitáveis no processo de mineração.

2. CLANGOR: Som forte e estridente, como o da trombeta.

3. TROM: O som do canhão.

4. SILVO: Apito, som prolongado.

5. PROCELA: Tempestade marítima, tormenta.

6. AGRESTE: No sentido figurado: rústico, rude.

7. EXÍLIO: Isolamento, distanciamento da pátria. Camões foi exilado de Portugal por alguns anos.

Para responder às próximas perguntas, você deverá ler os textos 2 e 3. Não se esqueça de copiar as perguntas.

 

QUESTÕES

4.De acordo com o texto 2, onde fica a região do Lácio? O que essa região tem a ver com a língua portuguesa?

5.O texto 3 é um soneto feito pelo poeta Olavo Bilac em homenagem à língua portuguesa. Pesquise e responda: que é um soneto?

6.No soneto, Bilac usa a expressão “última flor do Lácio, inculta e bela” para se referir a nossa língua. Considerando a origem da língua portuguesa apresentada no texto 2, explique o que ele quis dizer com esse verso. Justifique sua resposta com frases do texto 2.

 

TEXTO 4: A IMPORTÂNCIA DA NORMA-PADRÃO NO DIA-A-DIA

Português é a principal barreira em procura por estágio

50% dos candidatos reprovados em processos seletivos são desclassificados por causa de erros ortográficos ou de vocabulário

 

No link abaixo, você vai assistir a uma reportagem da Jovem Pan, publicada em janeiro deste ano, que mostra que o domínio da norma-padrão faz diferença ao buscar por uma vaga no mercado de trabalho

https://www.youtube.com/watch?time_continue=36&v=uGNyMlf8nmQ&feature=emb_logo


PESQUISA: Variações ortográficas

PESQUISE PARA RESPONDER ÀS PERGUNTAS A SEGUIR

7.Explique quando devemos usar: por que, porque, por quê e porquê.

8.Explique qual a diferença de sentido entre as formas: mas, mais e más. Dê exemplos.

9.Explique, por meio de exemplos, quando usamos há e ah.

10.Qual a diferença entre mal e mau? Dê exemplos.

 USOS DE VÍRGULA

Como você estudou na atividade 4, vírgula não é respiração. Vírgula é separação de sentidos em uma frase ou oração. Usamos as vírgulas principalmente para separar elementos de uma sequência, para separar comentários ou explicações intercaladas em uma oração, para separar o vocativo (ou chamamento) do restante da oração.

QUESTÕES

LEIA COM ATENÇÃO OS TEXTOS A SEGUIR E ESCREVA EM SEU CADERNO A ALTERNATIVA CORRETA.

TEXTO 5


11.Na oração “Ele está vomitando, amor”, a vírgula está sendo usada para quê?

a) Para separar elementos de uma sequência

b) Para marcar uma pausa para entonação

c) Para marcar um comentário intercalado na oração

d) Para separar um vocativo (ou chamamento) do restante da oração 

Leia o texto 7 para responder às próximas perguntas.

TEXTO 7

12.Sabendo que as aspas são usadas para indicar a fala de outros personagens em um texto, explique com suas palavras o que seria “falar sem aspas”.

13.Do seu ponto de vista, o que seria “amar sem interrogação”?

14.Sabendo que as reticências indicam uma ideia não concluída ou imprecisa, o que seria “sonhar sem reticências”?

15.Qual o sentido do verso final do poema: “Viver e ponto final”?


 






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