Anote o cabeçalho com a data e o número da atividade em seu caderno de língua portuguesa.
VOCÊ
DEVERÁ COPIAR TODAS AS PERGUNTAS NO CADERNO!
Importante: organize
seu caderno de língua portuguesa. Não misture as atividades de língua
portuguesa com outras matérias. Se puder, tenha um caderno só para língua
portuguesa.
ATIVIDADE
5: O que veremos nesta atividade?
Nesta
atividade, vamos estudar a relação entre norma-padrão e preconceito
linguístico. Vamos estudar brevemente as origens da língua portuguesa e
conhecer um famoso poema de Olavo Bilac em homenagem à nossa língua. Em
seguida, vamos assistir a uma reportagem sobre a importância de se saber a
norma-padrão para o mercado de trabalho atual. Por fim, vamos pesquisar
variações ortográficas e refletir sobre o uso de vírgulas em textos que
circulam nas redes sociais.
Texto 1
NORMA-PADRÃO E
PRECONCEITO LINGUÍSTICO (para ler)
Memes como este acima são
apenas uma forma bem humorada de se tratar de um assunto polêmico: o
preconceito linguístico. O jeito de falar de alguém, o modo como uma pessoa se
apropria da língua que fala, diz muito a respeito dessa pessoa. Pelo jeito de
falar pode-se deduzir a origem geográfica de uma pessoa, a faixa etária, o grau
de escolaridade e até o nível socioeconômico de alguém. Para muitos, tais
características servem de argumento para desvalorizar socialmente e até
humilhar uma pessoa.
Esse tipo de
comportamento social não é novo e já se reproduz há séculos no mundo inteiro,
entretanto, a popularização das redes sociais contribuiu para torná-lo ainda
mais presente no cotidiano. Por meio dessas redes, as pessoas passaram a se comunicar
mais por meio da escrita e, a partir de então, os erros de ortografia,
acentuação, concordância entre outros ficaram mais evidentes e se tornaram
objeto de discussão e julgamentos sobre a capacidade intelectual de uma pessoa.
Vivendo
em um mundo dividido e polarizado, muitos tendem a acharem-se superiores aos
outros por compartilharem de ideias e valores cultivados pela parte mais
bem-sucedida da sociedade, a chamada elite intelectual. Dentre esses valores
compartilhados socialmente, está a língua falada e escrita em sua modalidade
oficial: a norma-padrão.
Assim
sendo, para muitas pessoas, falar e escrever “corretamente” fazem parte do
jeito de ser e pensar de pessoas que desfrutam de prestígio social. Do mesmo
modo, em sentido contrário, falar e escrever “errado” fazem parte do jeito de
ser de pessoas que desfrutam de pouco ou nenhum prestígio social.
Norma-padrão ou
norma-culta?
Muitos
são os termos usados para nos referirmos ao “português correto”, que está de
acordo com todas as regras da chamada gramática normativa. Podemos dizer
“norma-padrão”, norma culta”, “variante padrão”, “variante culta”. Entretanto,
a escolha dos termos “padrão” ou “culta” pode produzir diferentes efeitos de
sentido em diferentes contextos.
“Padrão”
significa modelo a ser seguido, portanto, ao usarmos o termo norma-padrão
estamos considerando que se trata de um português modelo para ser seguido em
situações formais, acadêmicas ou nas quais não haja intimidade entre os
interlocutores. Por outro lado, a expressão “norma culta” pode causar a
impressão de que somente as pessoas cultas, as pessoas que compartilham dos
valores culturais das elites intelectuais, falam corretamente. Surge aí, um
outro problema: o conceito de cultura. Ao considerarmos como culta apenas uma
forma de se usar a língua portuguesa, estamos considerando também que existe
uma só cultura a ser reconhecida, uma cultura melhor do que as outras.
Entretanto, essa é uma visão limitada sobre cultura, pois a pluralidade
cultural faz parte do nosso dia-a-dia.
Há
diferentes culturas, diferentes formas de ser e estar no mundo.
Consequentemente, há diferentes formas de se usar a língua portuguesa. A
norma-padrão é apenas uma delas, indicada para situações formais e acadêmicas,
situações públicas e todas as vezes em que não há intimidade entre os falantes.
A linguagem coloquial usada no cotidiano também está correta, mas deve ser
usada, preferencialmente, em situações mais íntimas e particulares entre os
falantes. (Texto: professora Andrea Fusco, especialmente para esta
atividade)
QUESTÕES
Leia o texto 1 para responder às questões a seguir. Não se esqueça de copiar as perguntas.
1.De acordo com o texto 1, o que é preconceito linguístico?
2.Em seu dia-a-dia, como você lida com o preconceito linguístico?
3.Qual a diferença de sentido entre os termos “norma-padrão” e “norma culta” apresentada no texto 1?
TEXTO
2
ORIGENS DA LÍNGUA PORTUGUESA (para ler)
A
língua portuguesa originou-se do Latim, a língua falada pelos romanos.
Inicialmente, o latim era uma língua pouco conhecida, falada apenas numa
pequena região da Península Itálica chamada LÁCIO. Entretanto, logo se espalhou
pelo mundo. Isso ocorreu porque os romanos foram grandes conquistadores de
territórios e durante muito tempo o Império Romano dominou boa parte da Europa,
do norte da África e do Oriente Médio. Ao dominarem novos territórios, os
romanos impunham suas leis, seus costumes, e, é claro, sua língua. O Latim foi,
assim, se misturando às línguas dos povos que habitavam as terras conquistadas,
influenciando-as e por elas sendo influenciado.
Desta
forma, do Latim originaram-se muitos idiomas ainda falados na atualidade, como
o Português, o Italiano, o Francês, o Espanhol, o Romeno. Vale ressaltar que
essas línguas não se formaram a partir do Latim culto, cultivado pela elite e
pelos escritores romanos, mas, sim, do Latim vulgar falado pelas pessoas
comuns, no dia-a-dia, e cheio de influências de outras línguas nos diferentes
lugares dominados pelos romanos.
Portugal
é o lugar de origem da nossa língua. Como você sabe, esse pequeno país fica
logo na entrada na Europa, numa região chamada Península Ibérica. Por causa de
sua posição geográfica, essa região sofreu muitas invasões de povos que
desejavam conquistar terras europeias. Somente com o passar dos séculos, depois
de muita guerra, é que se formaram os Estados Nacionais, que correspondem mais
ou menos ao que chamamos hoje popularmente de países. Para garantir o espaço
territorial e uma (pelo menos aparente) unidade linguística, os reis trataram
de fortalecer seus exércitos e garantir a difusão de uma língua oficial
(norma-padrão), que deveria ser aprendida, falada e escrita por todos. (Texto: professora Andrea Fusco,
especialmente para esta atividade)
Texto 3: (para ler)
VOCABULÁRIO: Só para ajudar você a entender o texto 3 (para ler)
1.GANGA: Restos de minério não aproveitáveis no processo de mineração.
2. CLANGOR: Som forte e estridente, como o da trombeta.
3. TROM: O som do canhão.
4. SILVO: Apito, som prolongado.
5. PROCELA: Tempestade marítima, tormenta.
6. AGRESTE: No sentido figurado: rústico, rude.
7. EXÍLIO: Isolamento, distanciamento da pátria. Camões foi exilado de
Portugal por alguns anos.
Para
responder às próximas perguntas, você deverá ler os textos 2 e 3. Não se
esqueça de copiar as perguntas.
QUESTÕES
4.De acordo com o texto 2, onde fica a região do Lácio? O que essa região tem a ver com a língua portuguesa?
5.O texto 3 é um soneto feito pelo poeta Olavo Bilac em homenagem à língua portuguesa. Pesquise e responda: que é um soneto?
6.No soneto, Bilac usa a expressão “última flor do Lácio, inculta e bela” para se referir a nossa língua. Considerando a origem da língua portuguesa apresentada no texto 2, explique o que ele quis dizer com esse verso. Justifique sua resposta com frases do texto 2.
TEXTO
4: A IMPORTÂNCIA DA NORMA-PADRÃO NO DIA-A-DIA
Português
é a principal barreira em procura por estágio
50% dos candidatos
reprovados em processos seletivos são desclassificados por causa de erros
ortográficos ou de vocabulário
No link abaixo, você vai
assistir a uma reportagem da Jovem Pan, publicada em janeiro deste ano, que
mostra que o domínio da norma-padrão faz diferença ao buscar por uma vaga no
mercado de trabalho
https://www.youtube.com/watch?time_continue=36&v=uGNyMlf8nmQ&feature=emb_logo
PESQUISA:
Variações ortográficas
PESQUISE PARA RESPONDER ÀS PERGUNTAS A SEGUIR
7.Explique quando devemos usar: por que, porque, por quê e porquê.
8.Explique qual a diferença de sentido entre as formas: mas, mais e más. Dê exemplos.
9.Explique, por meio de exemplos, quando usamos há e ah.
10.Qual a diferença entre mal e mau? Dê exemplos.
USOS DE VÍRGULA
Como você estudou na atividade 4, vírgula não é
respiração. Vírgula é separação de sentidos em uma frase ou oração. Usamos as
vírgulas principalmente para separar elementos de uma sequência, para separar
comentários ou explicações intercaladas em uma oração, para separar o vocativo
(ou chamamento) do restante da oração.
QUESTÕES
LEIA COM ATENÇÃO OS TEXTOS A SEGUIR E ESCREVA EM SEU
CADERNO A ALTERNATIVA CORRETA.
TEXTO 5
11.Na oração “Ele está vomitando, amor”, a vírgula está sendo usada para quê?
a) Para separar elementos de uma sequência
b) Para marcar uma pausa para entonação
c) Para marcar um comentário intercalado na oração
d) Para separar um vocativo (ou chamamento) do restante da oração
Leia
o texto 7 para responder às próximas perguntas.
TEXTO 7
12.Sabendo que as aspas são usadas para indicar a fala de outros personagens em um texto, explique com suas palavras o que seria “falar sem aspas”.
13.Do seu ponto de vista, o que seria “amar sem interrogação”?
14.Sabendo que as reticências indicam uma ideia não concluída ou imprecisa, o que seria “sonhar sem reticências”?
15.Qual o sentido do verso final do poema: “Viver e ponto final”?
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