ABSOLUTISMO NA FRANÇA E INGLATERRA

 O ABSOLUTISMO NA FRANÇA E NA INGLATERRA

ROTEIRO DE OBSERVAÇÕES DA TELEAULA O ABSOLUTISMO NA FRANÇA E O SÉCULO XVII

O ABSOLUTISMO

Houve um tempo que o rei da França era tão poderoso que dizia ter direito divino ao trono. Foi no século XVII, época do absolutismo, que a França se torna a principal potência do século XVII. Nesse período, também na Inglaterra vimos nascer o absolutismo monárquico.


A FRANÇA NO AUGE DO ABSOLUTISMO

A França superou o caos em que estava envolvida no século XVI devido as guerras contra os Habsburgos e as guerras religiosas. O principal fator para a pacificação religiosa foi a publicação do édito de Nantes em 1598. Com isso, o rei Henrique IV recupera a economia da França incentivando a criação de fábricas e manufaturas, diminuindo os impostos dos camponeses e construindo estradas e pontes.

Em 1610, o rei Henrique IV é assassinado; e 7 (sete) anos depois sobe ao trono o seu herdeiro, Luís XIII. Como Luís não tinha idade para assumir o trono, o governo fica na mão de Maria de Médicis, sua mãe. Ela acaba expulsa do reino por um ministro que marca o reinado de seu filho e a história da França, o Cardeal Richelieu. Arquiteto do absolutismo francês.

Richelieu criou um corpo de inspetores para vigiar a nobreza, acabou com a força militar dos protestantes e reorganizou o exercito francês. Além disso, ele fez alianças com diversos países europeus contra os Habsburgos e o Sacro-império Germânico.

O absolutismo contava com o apoio da burguesia, interessada em manter os nobres sob controle, e manter o caminho livre para o comércio. Richelieu estimulou o desenvolvimento das colônias francesas na América. Nesse contexto, foram fundadas as cidades de São Luís (MA) e New Orleans (Louisiana – EUA)

Com a morte de Richelieu e Luís XIII, o trono é assumido por Ana da Áustria porque Luís XIV tinha apenas 5 (cinco) anos. O novo poderoso da França é o Cardeal Mazzarino. Ele aumenta os impostos da nobreza, que se nega a pagar. Ao povo de Paris também reage e sitia o palácio real do Louvre. São as frondas de Paris. A família real foge.

Em 1661, o herdeiro, Luís XIV, assume o trono. Luís XIV aprofunda o absolutismo reivindicando para si o título de “Rei Sol”, e incorporando a teria do direito divino dos reis em sua gestão. É a ele que se atribui a máxima: “O Estado sou Eu!”

Luís XIV representou o auge do absolutismo. Sua vontade era a Lei. Seu reinado foi o mais longo da história europeia: durou 62 anos. Nesse período, a França se transformou num centro de desenvolvimento artístico e cultural.

Em 1682, Luís XIV transfere a corte de Paris para o Palácio de Versalhes, o mais suntuosos e elegante da Europa. Versalhes ditava a moda e a etiqueta da época. A etiqueta era uma forma de poder.

O desenvolvimento francês era sustentado por uma política econômica que ficou conhecida como mercantilismo, e que tinha como um de seus instrumentos a balança comercial favorável. Era preciso vender mais do que comprar acumulando metais e dividendos para o país. Essa política foi desenvolvida por Colbert, Ministro da Fazenda de Luís XIV.

Colbert estimulou a indústria e a manufatura, taxou produtos estrangeiros, estabeleceu monopólios comerciais e ampliou a frota naval. E para conseguir novos mercados e matérias-primas para seus produtos, a França foi atrás de novas colônias na Ásia, África e América.

A INGLATERRA E O DECLÍNIO DA MONARQUIA ABSOLUTA

Na Inglaterra há uma guerra civil entre reis absolutistas da dinastia Stuart e as forças do parlamento inglês que dura 5 (cinco) anos. A Inglaterra havia vivido o auge do seu absolutismo sob a liderança de Elizabeth I, da dinastia Tudor.

Contudo, a falta de herdeiros de Elizabeth que permaneceu virgem durante seu governo, deu início à dinastia dos Stuart com seu primo Jaime I, da realeza escocesa. A tentativa de aprofundar o absolutismo sob Jaime I e seu filho Carlos I precipitou os conflitos com o parlamento que deu início a guerra civil em 1640 sob comando do puritano Oliver Cromwell.

Cromwell abole a monarquia e implanta uma ditadura pessoal. Durante seu governo há uma política de fortalecimento do comércio da Inglaterra. Mas, com a morte de Cromwell, a monarquia é restaurada.

Em 1688 inicia-se um novo conflito com o parlamento e os vitoriosos da Revolução Gloriosa dão o trono para Guilherme de Orange, um monarca holandês que se submete à constituição, dando origem à Monarquia Nacional, em vigor até nossos dias.

Com a instituição de uma monarquia parlamentarista, a sociedade inglesa conseguiria estabelecer garantias contra o poder absoluto. Um exemplo disso é a instituição do habeas-corpus, dispositivo legal utilizado para evitar a manutenção ilegal de uma pessoa na prisão. O habeas corpus foi incorporada à muitas constituições do mundo, entre as quais o Brasil.

Além disso, essa é uma época marcada por muitas outras mudanças como a criação da filosofia racionalista, da ciência experimentalista e de uma nova criação artística e cultural. Está nascendo o século das Luzes, a Era do Iluminismo. O absolutismo monárquico está com os dias contados.

Celso Aparecido de Cerqueira Barreiro. Produzido com base na transcrição de trechos selecionados do vídeo do telecurso Ensino médio da Fundação Roberto Marinho. São José do Rio Preto, 15/02/2023.

ABSOLUTISMO NA FRANÇA E INGLATERRA

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