ATIVIDADES DE QUARENTENA –
ATIVIDADE 6– 03/08/2020 –
Prof.ª Andrea Fusco
PARTE 1: TIRA DE HUMOR
Leia a tira do cartunista Alberto
Benett.
Coloque a DATA da atividade e COPIE as perguntas em seu caderno de língua portuguesa.
Sobre a tira de humor, responda:
1. Uma tira de humor é um texto? Explique.
2. Para um termos uma narrativa, precisamos de personagens agindo em um espaço (cenário) em um intervalo de tempo. Assim sendo, na tira de humor acima:
a) Há personagens?
b) Há um cenário?
c) Podemos perceber ações das personagens nessa tira?
d) Podemos perceber a passagem do tempo nessa tira?
e) Essa tira de humor é um texto narrativo?
PARTE 2: ELEMENTOS DA NARRATIVA
ELEMENTOS DA NARRATIVA
¨ Personagens – são aqueles que agem na
narrativa. Um personagem pode apresentar tanto características físicas (corporais,
visíveis) quanto características psicológicas (perceptíveis pelo caráter, pelo
comportamento do personagem na narrativa). As personagens principais são
chamadas de protagonistas e seus
opositores, de antagonistas. As
personagens secundárias são chamadas de coadjuvantes.
¨ Espaço – é o lugar onde acontece a narrativa; os cenários por onde a
história passa.
¨ Tempo – quando e como se organizam as ações das personagens na narrativa,
o cenário onde os fatos acontecem.
*Tempo cronológico – os fatos
acontecem um após o outro, seguindo a lógica do tempo. Podemos dizer que esse é
o tempo do relógio, que segue a lógica passado-presente-futuro.
*Tempo psicológico – os fatos
seguem a lógica da memória do narrador ou de um personagem, ou seja, passado,
presente e futuro podem ocorrer ao mesmo tempo. O tempo psicológico reflete o
interior da personagem, suas lembranças, angústias, medos e desejos.
¨ Enredo – é como acontece a
narrativa, ou seja, como os fatos vão acontecendo na história.
Podemos dividir o enredo nas seguintes partes:
¨ Situação inicial: as primeiras ações dos personagens.
¨ Desenvolvimento das ações: ainda está tudo na
normalidade, os personagens dão continuidade a suas ações.
¨ Conflito: é o momento em que surge um problema novo
que cria uma ruptura, uma quebra da situação inicial. Esse problema vai
crescendo na continuidade da história até alcançar o clímax;
¨ Clímax: o problema atinge o ápice (ponto mais
alto) e tem que ser resolvido;
¨ Desfecho: o que acontece com as personagens depois
do clímax. O desfecho nem sempre é um final feliz.
¨ Narrador – quem faz a narrativa. Narrador observador – apenas conta os
fatos, observa os acontecimentos, podendo ser onisciente ou neutro. Narrador
personagem – é ao mesmo tempo narrador e personagem da narrativa, ou seja,
conta e faz parte da história que está contando.
PARTE 3 – TEXTO PARA LEITURA
O TEXTO
ABAIXO É SÓ PARA LER. EM BREVE, VOCÊ RECEBERÁ UM FORMULÁRIO COM PERGUNTAS SOBRE
ELE!
O PIÃO E A BOLA
Um pião e
uma bola estavam numa gaveta. O pião, então, disse para a bola:
— Por que a
gente não namora, já que vivemos na mesma gaveta?
Mas a bola,
que era toda recoberta de couro marroquino colorido e se considerava uma dama
muito refinada, nem sequer respondeu à pergunta. No dia seguinte, o menino que
era dono dos brinquedos abriu a gaveta. Depois de pintar o pião de vermelho e
dourado, cravou-lhe um prego de latão bem no meio, e o resultado foi
maravilhoso!
— Olhe para mim — o pião falou para a bola — O que você me diz agora? Vamos namorar? Nós formamos um belo par, você pulando e eu dançando. Não existiria um casal mais feliz!
— Tudo bem,
mas eu sou de mogno! — o pião rebateu.
— Até que
você fala muito bem, para alguém de sua espécie, mas não posso fazer nada —
disse a bola — Estou praticamente comprometida com um pardal. Mas prometo que
nunca me esquecerei de você.
— Bom, isso
já é um grande consolo — pensou o pião.
No outro
dia, a bola foi embora. O pião ficou olhando, quando ela voou como um
passarinho e sumiu de vista. Mas logo ela desceu de novo e, ao bater no chão,
deu um salto e sumiu novamente. Isso se repetiu várias vezes até que, na nona
vez, a bola sumiu mesmo e não desceu mais.
— Eu sei
onde ela está — suspirou o pião — está no ninho do pardal e, na certa, se casou
com ele.
Quanto mais
pensava na bola, mais o pião a amava. O fato de não ter conseguido conquistá-la
só aumentava seu amor. E o pião dançava, zumbindo, mas sempre pensando na bola,
que, em seus pensamentos, era cada vez mais linda. E dessa maneira se passaram
muitos anos, e a bola se tornou um amor antigo.
Um dia, no
entanto, ele se viu todo pintado de dourado. Nunca esteve tão bonito e saltava
e zumbia. Era fantástico! De repente, contudo, ele pulou muito alto e
desapareceu. As pessoas da casa o procuraram por toda parte, mas não o acharam.
Ele tinha
ido parar dentro da lata de lixo, onde topou com todo tipo de resto. E pelo
canto do olho espiou para um talho de repolho e para alguma coisa redonda,
muito esquisita, que parecia uma maçã podre. Mas não era maçã; era a bola
velha, que tinha passado muitos anos na calha e agora estava encharcada.
— Até que
enfim apareceu alguém com quem se pode conversar — a bola falou — Sabe, eu sou
de couro marroquino, mãos virginais me costuraram, apesar de você não imaginar
isso quando me vê. Eu ia me casar com um pardal, mas caí na calha e lá fiquei
me encharcando de água.
O pião não
abriu a boca. Pensava em seu amor antigo e, quanto mais ouvia a bola falar,
mais claramente entendia que ela era a sua amada. Foi então que a empregada o
achou no lixo, e levou-o novamente para dentro de casa. Todos ficaram felizes.
E o pião nunca mais mencionou seu velho caso de amor.
Essas coisas acontecem quando a amada passa cinco anos na calha, encharcando-se de água. Na verdade a gente nem a reconhece — ou não quer reconhecer — quando a encontra na lata de lixo.
(Conto de Hans Christian Andersen adaptado por Maria Ganem para o site Ciência Hoje das Crianças )
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