OLÁ GALERA,
Na aula passada vimos que uma das mais antigas civilizações
da humanidade se desenvolveu na região da Mesopotâmia (mapa acima), a Civilização Suméria. Com
3500 anos, os Sumérios são os precursores de várias inovações que deram origem
ao que hoje é caracterizado como CIVILIZAÇÃO (ainda que possamos, por razões éticas,
criticar o uso do termo)
A Proposta dessa atividade difere, do ponto de vista
metodológico (sempre é um problema – esse método!) das propostas anteriores. Faremos
uma pesquisa com base num artigo de uma historiadora, a Professora Joelza Ester
Domingues, sobre a civilização suméria tendo como ponto de partida os achados arqueológicos
de dois renomados centros de pesquisa.
O primeiro passo será ler o texto “A ARQUEOLOGIA SUMÉRIA” e assistir o vídeo “O estandarte de Ur, que está na sequência. O segundo passo será clicar no link do formulário e respondê-lo.
ARQUEOLOGIA SUMÉRIA
O Estandarte de Ur, uma placa de madeira com figuras incrustadas, foi descoberto nas escavações do cemitério real de Ur, antiga cidade no sul do atual Iraque. Ainda se desconhece qual seria a função original desse objeto datado de 2600 a.C. Ele faz parte de um precioso achado arqueológico pertencente aos sumérios, que formaram a primeira civilização da Mesopotâmia.
OS SUMÉRIOS
Por volta de 3500 a.C., os sumérios constituíram uma das
primeiras civilizações da História, às margens do rio Eufrates, na Mesopotâmia.
Fundaram cidades como Lagash, Uruk e Ur onde construíram diques e templos em
forma de pirâmide escalonada, o zigurate.
Os sumérios foram também os primeiros astrônomos e criaram
um calendário de 12 meses que usamos atualmente. Acredita-se que tenham sido
eles os inventores da escrita cuneiforme, usada por toda
Mesopotâmia e povos vizinhos.
AS ESCAVAÇÕES NO CEMITÉRIO REAL DE UR
As escavações arqueológicas em Ur realizadas entre 1922 e
1934 pela Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos e Museu Britânico, da
Inglaterra trouxeram à luz 16 túmulos reais com os restos mortais de reis,
rainhas e servos acompanhados de numerosos artefatos preciosos datados de 2600
a 2450 a.C.
São móveis, joias, armas, capacetes de ouro, instrumentos
musicais, estatuetas de ouro com figuras mitológicas entre tantas outras peças
fabulosas revelando que os reis sumerianos acumularam grande riqueza.
Estes objetos fazem parte do acervo de Antiguidades Orientais do Museu
Britânico.
Entre as riquezas descobertas estava um magnífico painel de
mosaico datado de 2600 a.C., encontrado no túmulo PG 779, que ganhou o nome de
Padrão ou Estandarte de Ur. Veja o vídeo:
A DESCOBERTA DO ESTANDARTE DE UR
O Estandarte de Ur foi encontrado ao lado do esqueleto de
um homem sacrificado que pode ter sido seu portador. Por esse motivo, foi
interpretado pelo arqueólogo Leonard Wooley como uma bandeira que seria
conduzida em um cortejo, originando daí seu nome popular. Investigações
posteriores, contudo, não conseguiram confirmar se era, de fato, um estandarte.
O estandarte estava em pedaços. O quadro de madeira tinha
se desintegrado assim como a cola de betume que cimentou os pequenos
mosaicos de cerca de 3 cm2. As peças do mosaico, contudo tinham mantido sua
forma no chão. Leonard Wooley instruiu seus auxiliares a cobrirem a área com
cera e gesso que, quando endurecido permitiu que os mosaicos fossem levantados
mantendo seu formato original.
O ESTANDARTE DE UR: DESCRIÇÃO
O artefato, associado ao rei Ur-Pabilsag que morreu
por volta de 2550 a.C., é uma peça de madeira, de forma trapezoidal e
relativamente pequeno, medindo 50 cm de comprimento, 21 cm de altura e 11 cm de
lateral.
Suas quatro faces são inteiramente recobertas com pequenas
peças de conchas e pedras semipreciosas coladas com betume. O lápis-lazúli, de
azul intenso, o calcáreo vermelho e o ouro eram materiais inexistentes na
Mesopotâmia e vinham de locais distantes, comercializados com os povos do vale
do Indo, onde, naquela época, florescia as civilizações de Harappa e
Mohenjo-Daro.
As figuras dispostas nos frisos, de cada lado, contam uma história
que foi tradicionalmente interpretada como a guerra, de um lado, e a vitória ou
paz, do outro lado.
A GUERRA
Uma das faces do Estandarte de Ur mostra cenas de guerra.
Além dos carros de combate pisoteando o inimigo, vemos grupos de soldados
usando um elmo, com uma capa sobre a túnica e armados com uma espada curta.
Os inimigos capturados perdiam seus bens, eram escravizados
e seus chefes, executados. Os prisioneiros de guerra eram conduzidos até a
presença do rei.
O rei, a figura de maior tamanho, está no centro e na parte
superior do estandarte, junto ao seu carro de combate e seus generais que levam
um bastão e um machado.
CARRO DE GUERRA EQUIPADO COM RODAS
O carro de guerra traz uma das representações mais antigas
do uso da roda em um veículo. Não se sabe qual civilização inventou a roda, mas
estatuetas de terracota encontradas em Harappa e Mohenjo-Daro, no vale do Indo,
Paquistão atual, mostram que as civilizações do Vale do Indo já usavam a roda
em carros de boi em 3000 a.C. É possível que o comércio entre a Mesopotâmia e
as cidades do vale do Indo tenha colocado os sumérios em contado essa invenção.
Os sumérios construíram rodas de madeira maciça, pesadas e
pouco ágeis. Usadas no carro de guerra, seu peso somava-se ao do carro e dos
condutores exigindo um grande esforço de tração dos quatro onagros, uma espécie
nativa da Mesopotâmia semelhante ao jumento ou asno, e hoje extinta.
Mesmo sem velocidade e agilidade, o carro de guerra era uma boa plataforma para a pontaria certeira das lanças e flechas disparadas pelo arqueiro. Além disso, o carro de guerra devia impressionar o inimigo que combatia a pé e acabava pisoteado pelos animais.
BANQUETE DA VITÓRIA
A outra face do Estandarte de Ur foi interpretada como
sendo o banquete de celebração da vitória. O rei está sentado diante de seis
figuras. São nobres, sacerdotes ou os chefes militares. Os servos, em tamanho
menor, enchem as taças com cerveja, que os sumérios faziam de cevada e
consumiam em grande quantidade.
O saiote usado pelo rei é diferente dos trajes das demais
figuras. Ele é feito de tufos de lã de ovelha, um traje distintivo do rei e dos
nobres sumérios, e que aparece em numerosas estatuetas de alabastro encontradas
nas cidades sumérias. A cadeira do palácio tem uma particularidade curiosa: uma
das pernas tem a forma de pata de animal.
No salão real, há música. Um tocador de lira acompanha a
cantora, de cabeleira negra – a única figura com cabelo em todo estandarte. A
lira é um instrumento de cordas, semelhante à harpa, mas de tamanho menor.
Esse instrumento deve ter sido comum entre os sumérios, como indica uma magnífica lira de 11 cordas encontrada nas escavações. Ela possui detalhes em ouro, lápis-lazúli e concha e traz a cabeça de um touro com barba.
Os outros dois frisos mostram o povo conduzindo animais e carregando sacos às costas. Um forte touro é levado preso pelos chifres, um rebanho de cabras lanudas e até uma gazela e seu filhote seguem neste cortejo. Seriam alimentos para abastecer a cozinha real durante os dias de celebração ou tributos e oferendas destinados ao rei e aos deuses?
Fonte: https://ensinarhistoria.com.br/estandarte-de-ur/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues.
FORMULÁRIO DE QUESTÕES
Ao terminar sua leitura e análise do filme, clique no formulário (abaixo) e responda às questões propostas. Lembre-se que o formulário será encaminhado, uma única vez, diretamente para o professor assim que você clicar em “enviar”.
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