ATIVIDADE 16: MAUÁ - O SONHO DE UMA NAÇÃO MODERNA

 

OLÁ GALERA,

Dando continuidade ao debate sobre o Império brasileiro na Era Mauá, com o objetivo de se aproximar das contradições que nortearam o chamado período imperial, pretendemos aprofundar nessa atividade alguns aspectos não abordados pelo primeiro episódio do documentário “Mauá, o Primeiro gigante” 

 

MÉTODO DE PESQUISA

Para compreender o tema dessa atividade (Atividade 15) e da seguinte (Atividade 16), propomos o seguinte encaminhamento metodológico:

1.  Leia o comentário crítico da 2ª parte do documentário “Mauá, o primeiro gigante.” do canal History Channel proposto e assista o episódio;

2.     Responda o Formulário de questões de História (Google Forms).  

 

MAUÁ, O PRIMEIRO GIGANTE - II

PÚBLICO X PRIVADO

Um dos grandes debates que se travam na sociedade, quando da formação do Estado nacional, é submeter a economia à política. A questão que se coloca é a questão republicana, propriamente dita. Os recursos do país estarão à disposição do Estado para garantir o bem público acima dos interesses individuais? (E nesse sentido, é importante lembrar que o Brasil era uma nação jovem, a independência havia ocorrido há pouco mais de 30 anos e seu reconhecimento se deu apenas em 1825)

Se por um lado, o Estado quer incorporar os novos ativos da economia. Por outro, ele teme a ação da “mão livre do mercado”. A solução de Mauá é vender as ações do seu banco para fortalecer a criação do novo Banco do Brasil, um banco oficial. O problema do Estado era criar um Banco que emitisse moeda, uma espécie de Banco Central.

É preciso reconhecer que o Imperador está preocupado em ser o guardião da “coisa pública”. Isso coloca um problema para a presença de Mauá e sua relação com o Estado por que o poder privado é problemático.

FERROVIAS

Com a venda das ações do Banco, Mauá começa a investir no seu projeto mais ambicioso e estratégico: ferrovias. As ferrovias eram a internet do século XIX.

A primeira ferrovia ligava a baía de Guanabara (RJ) ao Vale do Paraíba (SP) – é a região do Café. Essa obra tem um impacto tremendo por que o produto era carregado no lombo de mulas. Ou seja, o ganho no escoamento da produção do principal de exportação do Brasil era tremendo.

A segunda grande ambição de Mauá foi construir a ferrovia Santos-Jundiaí, uma obra de engenharia imensa que exigiria vultosos recursos. Mauá estava atento para a nova fronteira agrícola que estava se abrindo no interior de São Paulo.  

UM BARÃO QUE NÃO É NOBRE

A construção da ferrovia vai render a concessão de um título nobiliárquico à Mauá, o título de Barão. (observe que Mauá não é um nobre, é um comerciante) Não por acaso, a locomotiva será apelidada de baronesa. O detalhe do nome não é casual por que, como dizem as más línguas dos seus inimigos no império: “Nesse homem, algum mal há!”

O sistema de nobreza do império era um sistema meritocrático, era ligado aos sérvios prestados ao Estado. E por falar em símbolos: observe a imagem da bandeira do império que aparece durante a inauguração. O que há de comum nessa bandeira e a bandeira republicana? As cores verde e amarela são tributárias do período imperial e, diferentemente do que se pensa, não tem nada a ver com o sol e as florestas, com a “natureza”. O verde e o amarelo simbolizam casa real – são as cores da Casa de Orleans e Bragança.

O brasão cunhado por Mauá dá um recado claro para as elites escravocratas. O brasão tem uma locomotiva e um navio à vapor como símbolos, e a frase diz: o trabalho enobrece. Numa sociedade marcada pela escravidão, o que está em jogo e ele deixa claro é uma nova visão de mundo.

MAUÁ - O 1º GIGANTE - EP.2



Nenhum comentário:

Postar um comentário