ATIVIDADE 16: DESCOBERTA DO OURO E VIDA URBANA NO BRASIL-COLÔNIA

 

OLÁ GALERA,

Nas atividades anteriores, em particular as atividades 11 à 15 em que tratamos da colonização brasileira, vimos que a sociedade brasileira é marcada pela construção de um projeto colonial da metrópole portuguesa. Observamos que esse projeto promoveu o desenvolvimento de uma economia, predominantemente escravista e agroexportador, que a sociedade brasileira foi organizada de forma patriarcal e que a política colonial nas fazendas, minas e cidades era controlada pelas oligarquias locais associadas à burguesia mercantil da metrópole. 

Nessa atividade, pretendemos avançar na formação das cidades coloniais na época da mineração e interiorização do país. O estudo desse período será aprofundado a partir da investigação de 2 (dois) vídeos e suas respectivas propostas de sinopse.

METODOLOGIA

O propósito dessa atividade é compreender o desenvolvimento das cidades e a construção de uma rede urbana no Brasil-colonial que modificou as bases da colônia no final do século XVIII. Para apreender esse conteúdo propomos a leitura de dois vídeos: o episódio sobre o tema da série 500 anos, o Brasil-colônia na TV: "Fausto e a pobreza das minas"  e a teleaula 8 do telecurso de ensino fundamental: "O desenvolvimento das cidades coloniais". O percurso sugerido é:

1) Ler a sinopse do 1º vídeo e, em seguida, assistir o programa: "Fausto e a pobreza das minas";

2) Ler a sinopse do 2º vídeo e, em seguida, assistir "O desenvolvimento das cidades coloniais";

3)   Responder o Formulário de questões de História (Google Forms). 


FAUSTO E A POBREZA DAS MINAS

A descoberta de ouro no interior do país atraiu milhares de colonos e migrantes para a região em busca de riquezas e oportunidades. Para Portugal, o ouro encontrado era, também, uma esperança nova diante de uma metrópole em crise.

Apesar disso, a corrida do ouro parecia não justificar o sacrifício necessário naquelas terras escassas de carne, roupas e utensílios domésticos. Afinal, a região não contava com infraestrutura urbana mínima para dar conta das demandas da população.

Portugal distribuía as terras aos colonos interessados por meio de um sorteio e ficava com 20% (um quinto) das rendas das minas. O critério de discernimento para o recebimento de porções de terras para explorar era médio pela quantidade de escravos dos interessados.

A disputa pelas terras não demorou a aparecer... a guerra dos emboabas entre paulistas e forasteiros de outras regiões se deu nesse contexto. A solução encontrada foi a criação das capitanias de São Paulo e de Minas Gerais para acalmar os ânimos e administrar os conflitos.

Resolvido o conflito inicial, a corte passou a investir na criação de uma infraestrutura urbana para suprir as necessidades da região e assegurar o escoamento da produção. Foi assim que vários povoados foram se transformando em grandes cidades como Vila Rica de Ouro Preto, Sabará e São João Del Rey.

A cobrança de impostos era feita por intermediários, os contratadores. Eles recolhiam o imposto, o quinto (20%) de todos os produtos, e era comum que aumentassem essa cobrança ficando com uma parte do contratado para si próprios. Com o aumento da corrupção e o peso dos impostos, muitos colonos optavam pelo contrabando das pedras preciosas. Daí nasceu a expressão “santo do pau oco”.

É nesse contexto que surge um estilo de arte utilizado no embelezamento das igrejas da época, o barroco colonial brasileiro. O barroco brasileiro lembrava o padrão nascido na Europa, mas adquiriu um traço original adaptado ao clima, as condições e ao estilo de artistas brasileiros como o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

A reação dos brasileiros à cobrança de impostos não tardou e cresceu nesses anos. A Revolta de Filipe dos Santos foi duramente perseguida. Mesmo assim, outras revoltas ocorreram como a Inconfidência Mineira que quase levou à independência do Brasil. 

RIQUEZA E POBREZA DO OURO


AS CIDADES COLONIAIS

Como era a vida nas cidades na época colonial? E quais as semelhanças e diferenças existentes entre essas cidades coloniais e as cidades em nossos dias? E como viviam os escravos nessas cidades? É com base na investigação dessas questões que a Teleaula 8 do Telecurso Ensino Fundamental foi produzida. Não é por acaso que o programa se inicia mostrando imagens que demonstram o desenvolvimento das cidades ao longo do tempo.

A economia do Brasil colônia deu seus primeiros passos no campo. Mas era preciso escoar a produção e suprir a colônia com produtos para sua demanda. Daí surgiram as cidades. Mas, apesar disso, as cidades tiveram por um longo período um caráter secundário por que a maioria das pessoas vivia mesmo era no campo.

No fim do século XVIII, as 5 (cinco) mais importantes cidades tinham um pouco mais de 5% da população. Rio de janeiro, Salvador, Recife, São Paulo e São Luís do Maranhão possuíam entre 15000 e 50000 habitantes. Somente mais tarde, na região das Minas gerais é que surgirá a primeira rede urbana do país.

E foram nesses núcleos urbanos das cidades mineiras que surgiram as primeiras tentativas revolucionárias de caráter anticolonial, as lutas pela independência e as grandes insurreições de escravos.

Em 1821, o Rio de Janeiro, capital do Brasil, possuía a maior população de escravos urbanos das Américas. Eram 40000 escravos numa população de 86000 pessoas. A fundação de cidades fazia parte de uma estratégia dos portugueses. Eles queriam garantir um domínio permanente sobre a colônia e era nas cidades que eles impunham seus impostos, seus costumes e sua cultura sobre a população da colônia.

Uma característica das cidades coloniais que podemos observar nas cidades até os dias de hoje é a presença da igreja. A economia mercantil também fica evidente na arquitetura dessas cidades com a presença do mercado. Nessa época, os escravos faziam de tudo. Havia, inclusive, os chamados escravos de ganho. Os escravos de ganho eram trabalhadores que prestavam serviços como barbeiros, marceneiros e outros serviços e recebiam um pagamento que era destinado na sua quase totalidade aos seus senhores.

AS CIDADES COLONIAIS



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