MARAT
Observe a ilustração colocada na abertura dessa atividade, a tela "Morte de Marat" de David. O jornalista revolucionário, o "amigo do povo", é retratado por David (artista francês da época) como "Se fosse um Jesus à espera da Pietá" numa referência explícita à Michelangelo. A obra cumpria um papel importante naquele 2º semestre de 1793 com a Ascenção dos Jacobinos ao poder. A Revolução, iniciada em 1789, estava num momento decisivo.
Para entendermos esse processo precisamos voltar a 26 de agosto 1789 quando foi proclamada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão pela Assembleia Nacional abolindo distinções de classe e instituindo, pela primeira vez, uma "imprensa livre".
Foi nesse contexto que o ex-médico Jean Paul Marat fundou o jornal L'Ami du peuple (O amigo do Povo), um veículo de propaganda da causa revolucionária. Mas, afinal, o que foi a Revolução Francesa?
A REVOLUÇÃO FRANCESA
A Revolução Francesa foi um processo de mudanças profundas na sociedade francesa que se desenvolveu ao longo de 10 (dez) anos, de 1789 à 1799, e que impulsionaria processos semelhantes por todo o mundo conhecido da época, da Europa à América.
Entre as Revoluções da História, há 2 (duas) que significam, por si, o que é um processo revolucionário, no sentido mais profundo do que chamamos de REVOLUÇÃO: A Revolução Francesa (1789) e a Revolução Russa (1917).
Para efeito de nosso estudo dentro do contexto geral das Revoluções Burguesas, contudo, somente a Revolução Francesa poderia estar inscrita nessa perspectiva. A revolução francesa, a chamada "mãe das revoluções" é, talvez, a mais complexa de todas.
Para compreender melhor o tema, preparei diferentes aulas. No documentário sobre a Revolução Francesa, do History Chanel, há uma das mais interessantes formulações conceituais sobre o significado da Revolução Francesa:
“A Revolução Francesa
foi o extraordinário momento em que o povo começou a acreditar que seria
possível refazer quase tudo em sociedade, que não podia mudar somente a
política, as instituições, mas a própria natureza humana através da ação
política.”
De fato, nunca antes na História, uma mudança havia levado, simultaneamente, pão para os pobres, democracia para a França, e depois para o ocidente, e criado uma nova ordem social baseada na possibilidade de que os homens e as mulheres sejam portadoras de direitos.
A FRANÇA ANTES DA REVOLUÇÃO
Desde a idade média, a sociedade
era dividida entre 3 (três) castas estáticas, sustentadas pelo privilégio
estabelecido das elites. Somente no século XVIII, essa percepção começa a mudar
com o advento do iluminismo.
Paris, capital da França, era o
centro filosófico da inovação, das novas ideias e da nova cultura que varria para
longe os valores tradicionais que vigoravam no Antigo regime. A cidade pulsa
com o brilho do conhecimento, mas sofre com o descaso que castiga os pobres e
produz uma estrutura extremamente injusta e desigual.
A situação piorou com o
processo de independência das colônias inglesas na América, apoiado pela França, rival da Grã-Bretanha, por
vingança pela derrota na guerra dos sete anos, que consumiu os recursos do
tesouro com o envio de dinheiro e tropas para a guerra americana, aumentou os
problemas financeiros e a insatisfação com a coroa.
Na França do Antigo Regime, profundamente desigual e injusta, vozes jovens como as de Rousseau, Voltaire pregando liberdade e igualdade era como atear fogo nos depósitos de pólvora dos porões da bastilha.
FORMULÁRIO DE QUESTÕES
Ao terminar sua leitura e análise do filme, clique no formulário (abaixo) e responda às questões propostas. Lembre-se que o formulário será encaminhado, uma única vez, diretamente para o professor assim que você clicar em “enviar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário