Olá Galera,
Como vimos nas aulas anteriores, a África é um continente marcado por
profundas desigualdades e contradições. Essa situação não é produto de causas
naturais e/ou da incapacidade dos povos africanos em construir meios de
reprodução e sobrevivência autônomas, se assim o fosse o continente não teria
resistido a uma história de mais de 3 milhões de anos e não estaríamos aqui.
A situação da África é produto de uma história triste de apropriações
indevidas, massacres e pilhagens de nações estrangeiras. A população e os
territórios que compõem o continente africano têm a sua história
profundamente afetada pela interferência estrangeira, que persiste
de forma exploratória até os dias atuais.
ESCRAVIZAÇÃO DE POVOS AFRICANOS
A colonização promovida pelos europeus desde os séculos XIV-XV, fez do continente
alvo de expedições de países mercantilistas que estavam em busca de mão de obra escrava para as suas colônias
americanas, inclusive no Brasil.
Entre os séculos XV e XIX, 12,5 milhões de seres humanos foram retirados
à força de seus países, colocados em navios imundos (os tumbeiros – navios negreiros)
e escravizados.
No século XIX, período posterior a abolição da escravatura, o continente
foi vítima de um novo processo de exploração de suas riquezas que ficou
conhecido como neocolonialismo.
Nesse contexto, países europeus puseram em prática a partilha do continente africano estabelecida durante a
Conferência de Berlim (1889-1895), redesenhando as fronteiras dos territórios
conforme seus interesses, e estabelecendo novas colônias de exploração para
atender as demandas do capitalismo da segunda revolução industrial.
Entre os países colonizadores estão Portugal, França,
Holanda, Inglaterra e Bélgica. A
exploração das riquezas minerais e as plantações de cana-de-açúcar e chá-preto
foram as principais atividades econômicas desenvolvidas.
As imagens da matança de elefantes e rinocerontes para extração do marfim, expostas como troféus de caça sob o comando do rei Leopoldo deixaram uma cicatriz aberta no continente.
ÁFRICA PÓS-DESCOLONIZAÇÃO
Mesmo depois da independência,
a maior parte dos países da África Subsaariana sofre com as consequências da exploração, como baixos índices de
desenvolvimento humano, elevada pobreza, fome e desnutrição.
Os problemas sociais e econômicos enfrentados têm maior
ocorrência na África Central e no Chifre da África, na região da África
Oriental.
POBREZA, DESIGUALDADE E INSTABILIDADE POLÍTICA
Hoje, quatro diferentes formas de governo são encontradas nos países da
África, sendo elas, em termos formais: presidencialismo, principal forma
de governo no continente; parlamentarismo; semipresidencialismo e monarquia tradicional.
Mas, são comuns as formulas anocráticas de governo, ou
seja, regimes de governo com
características inerentes de instabilidade política e
ineficácia governamental, uma espécie de "mistura de democracia com
traços autocráticos".
Este tipo de regime é particularmente suscetível ao
surgimento de conflitos armados e mudanças inesperadas como golpes militares.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/
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