ATIVIDADE 4: AS VIAGENS DE COLOMBO E A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO

OLÁ GALERA,

Essa atividade tem como objetivo entender aquilo que, em geral, ficou conhecido como "Descobrimento", uma polêmica que vale tanto para o "Descobrimento da América em 1492" quanto para o "Descobrimento do Brasil em 1500". É uma questão polêmica por que até hoje os historiadores não chegaram a um consenso sobre o que ocorreu com a chegada dos navegadores europeus nas Américas. Foi um Descobrimento? Se não, foi um Encontro? Terá havido u "Choque de Civilizações"?

Para estudarmos esse tema, estamos propondo o seguinte caminho:

1º) Assista a gravação da aula que fizemos com a turma do 7º ano de 2020 sobre essa questão. (Observe que o Youtube coloca a 2ª parte do programa automaticamente, mas se não ocorrer clique em "A Polêmica... -II");

2º) Leia o artigo (abaixo): "AS VIAGENS DE COLOMBO E A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO";

3º) Clique no link do formulário (google forms - abaixo) e responda as questões propostas.

A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO - I

A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO - II


AS VIAGENS DE COLOMBO E A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO

 As viagens de Cristóvão Colombo se inserem no quadro da expansão marítima e comercial europeia. “Era uma sociedade ameaçada em suas fronteiras orientais pela presença do Islã e dos turcos otomanos. Era também uma (…) sociedade desejosa de objetos de luxo,  iguarias exóticas e ouro” (ELLIOT, 2004)

A Península Ibérica estava geograficamente bem situada para assumir a liderança de um movimento de expansão para o oeste, numa época em que a Europa estava sendo bloqueada em suas fronteiras orientais. Havia uma tradição marítima ibérica, tanto no Mediterrâneo quanto no Atlântico, que permitiu aos portugueses acumular experiência na construção de navios, nas técnicas de navegação permitindo navegar em águas desconhecidas sem avistar terra apenas observando os astros e fazendo uso do astrolábio, do quadrante e da bússola.

COLOMBO E SEU PROJETO DE NAVEGAÇÃO

O genovês Cristóvão Colombo tinha experiência em navegação. Estava convencido de que poderia atingir as Índias navegando em direção a Oeste e, portanto, dando a volta no mundo. Só não calculava que o mundo fosse tão grande.

Em 1483, apresentou seu projeto ao rei D. João II, de Portugal que submeteu o projeto ao Colégio Dominicano de Salamanca que, depois de dois anos de estudos, vetou-o alegando que a Terra era plana.

Colombo voltou a Portugal, em 1488, sendo recebido várias vezes por D. João II. Quando as negociações pareciam bem encaminhadas, Bartolomeu Dias retornou a Lisboa anunciando que conseguira dobrar o Cabo da Boa Esperança. Estava aberto o caminho para as Índias pela rota do Oriente. Colombo deixou Lisboa.

Quatro anos depois, em 1492, os mouros (muçulmanos) foram finalmente expulsos da Espanha. As conquistas entusiasmaram a rainha que deu sua aprovação para o projeto de Colombo de chegar às Índias a partir do Oeste atravessando o oceano.

A VIAGEM DE COLOMBO E O DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA (1492-1493)

A expedição de Colombo partiu do porto de Palos em 3 de agosto de 1492 formado pela nau Santa Maria e as caravelas Pinta e Niña. A tripulação era composta por 87 homens. Foram setenta dias de viagem até a madrugada de sexta-feira, 12 de outubro de 1492: “Às duas horas da madrugada surgiu terra e chegamos a uma ilhota que os índios chamavam “Guanahani”. Logo apareceu gente nua, e o Almirante saiu rumo à terra (…) Ao desembarcar viram árvores muito verdes, muitas águas e frutas de várias espécies. (…)  (COLOMBO: 1999, p.51-52).

No diário, Colombo refere-se a eles como “índios” – que generalizou-se para todos os habitantes da América - o erro dos navegadores que pensavam ter atingido as Índias. Colombo seguiu viagem chegando a Cuba e Hispaniola (atual São Domingo)

RIVALIDADE ENTRE PORTUGAL E ESPANHA

A viagem de Colombo intensificou a disputa entre os reis ibéricos pela conquista de novas terras e caminhos marítimos. Os Reis Católicos pediram a intervenção do papa espanhol Alexandre VI que, em 4 de maio de 1493, outorgou a Bula Inter Caetera. A bula não agradou a Portugal que contestou e exigiu um novo acordo, o que levaria ao Tratado de Tordesilhas assinado em 7 de junho de 1494.

A POLÊMICA DO “DESCOBRIMENTO” / “DESCOBERTA”

A historiografia latino-americana e ibérica emprega os termos “descobrimento” desde o século XIX para se referir à chegada dos primeiros europeus à América e o início da colonização. O termo passou a sofrer críticas no século XX por seu caráter eurocêntrico. A palavra sugere àquilo que está sendo encontrado pela primeira vez, que ninguém nunca encontrou antes...

O sentido tradicional de “descobrimento” desconsidera a existência de povos nativos muito anteriores à chegada de Colombo. A América já era povoada pelos primeiros seres humanos há 14.000 ou 20.000 anos atrás.

Colombo não foi o primeiro europeu a atingir a América. Os vikings estiveram no Canadá no século X d.C. e outros marinheiros bascos estiveram na costa do Labrador caçando baleias. Segundo relatos, no século XIV, o rei Abubakari, do Império do Mali, teria mandado uma expedição ao Atlântico e alcançado a costa da América.

Nesta linha de povos não europeus pioneiros na chegada à América há outras hipóteses: chineses, polinésios, fenícios, egípcios e marroquinos.

O historiador Tzvetan Todorov dá um sentido inovador ao conceito de descoberta, como descoberta do “Outro”, do diferente. Ou seja, os europeus “descobriram os americanos” que “descobriram os europeus”. Falar em “encontro de culturas” (como se fosse pacífico) ou “choque de culturas” (como se fosse um acidente de carro) constituem erro e esconde o maior genocídio da história.      

                                      Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/viagens-de-colombo-a-polemica-do-descobrimento/

Síntese produzida pelo Professor Celso Barreiro em  05/11/2020.


FORMULÁRIO DE QUESTÕES

Ao terminar sua leitura e análise do filme, clique no formulário (abaixo) e responda às questões propostas. Lembre-se que o formulário será encaminhado, uma única vez, diretamente para o professor assim que você clicar em “enviar”.

ATIVIDADE 4: A POLÊMICA DO DESCOBRIMENTO

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