PARTE
1 - PARA ENTENDER MELHOR O ASSUNTO
HORMÔNIOS
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NO LINK ABAIXO PARA ASSISTIR AO VÍDEO
https://www.youtube.com/watch?v=OAtZQll0gM4
QUESTÕES
1. O
que são as glândulas endócrinas? Quais os exemplos citados no vídeo?
2. A
insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas. De acordo com o vídeo, como age
a insulina no corpo humano?
TEXTO
2: A PSICOLOGIA DOS HORMÔNIOS
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https://www.youtube.com/watch?v=1mxFd91ssY0
QUESTÕES
3.
O que estuda a endocrinologia comportamental?
4.
Hormônios influenciam comportamentos, mas vários
comportamentos também provocam alterações hormonais. O que os cientistas
concluíram com a pesquisa sobre testosterona durante a final da Copa do Mundo
de 1994?
5.
A oxitocina está relacionada a diferentes
comportamentos humanos. Quais os exemplos dados no vídeo?
TEXTO
3: NEUROTRANSMISSORES
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https://www.youtube.com/watch?v=FD8Qaw1TS-k&t=2s
QUESTÕES
6.
Quais as diferenças entre hormônios e
neurotransmissores apresentadas no vídeo?
TEXTO
4
Os hormônios da felicidade:
como desencadear efeitos da endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina
Ao longo dos séculos,
artistas e pensadores se dedicaram a definir e representar a felicidade. Nas
últimas décadas, porém, grupos menos românticos se juntaram a essa difícil
tarefa: endocrinologistas e neurocientistas.
O objetivo é estudar a
felicidade como um processo biológico para encontrar o que desencadeia esse
sentimento sob o ponto de vista físico.
Ou seja, eles não se
importam se as pessoas são mais felizes por amor ou dinheiro, mas o que
acontece no corpo quando a alegria efetivamente dispara, e como
"forçar" esse sentimento.
Neste sentido, há quatro substâncias químicas
naturais em nossos corpos geralmente definidas como o "quarteto da
felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina.
A pesquisadora Loretta Breuning, autora do
livro Habits of a happy brain ("Hábitos de um cérebro
feliz", em tradução livre), explica que "quando o seu cérebro emite
uma dessas químicas, você se sente bem".
"Seria bom que
surgissem o tempo todo, mas não funcionam assim", diz a professora da
Universidade Estadual da Califórnia (EUA).
"Cada substância da
felicidade tem um trabalho especial para fazer e se apaga assim que o trabalho
é feito."
Conheça a seguir maneiras
simples para ativar essas quatro substâncias químicas da felicidade, sem drogas
ou substâncias nocivas.
1. Endorfinas
As endorfinas são
consideradas a morfina do corpo, uma espécie de analgésico natural.
Descoberta há 40 anos, as endorfinas são uma
"breve euforia que mascara a dor física", classifica Breuning.
Por
isso, comer alimentos picantes é uma das maneiras de liberar esses opiáceos
naturais, o que induz uma sensação de felicidade. Mas essa não é a única
maneira de obter uma "injeção" de endorfina.
De
acordo com estudo publicado no ano passado por pesquisadores da Universidade de
Oxford (Inglaterra), assistir a filmes tristes também eleva os níveis da
substância
2. Serotonina
Como a serotonina flui
quando você se sente importante, o sentimento de solidão e até mesmo a
depressão são respostas químicas à sua ausência.
"Nas últimas quatro décadas, a questão de
como manipular o sistema serotoninérgico com drogas tem sido uma importante
área de pesquisa em biologia psiquiátrica e esses estudos têm levado a avanços
no tratamento da depressão", escreveu em 2007 Simon Young, editor-chefe na
revista Psiquiatria
e Neurociência.
Dez anos mais tarde, a
depressão se situa como a principal causa principal de invalidez em todo o
mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de transtorno
mental que afeta mais de 300 milhões de pessoas.
A estratégia mais simples para elevar o nível
de serotonina é recordar momentos felizes, diz Alex Korb, neurocientista do
site Psicologia
Hoje.
Um sintoma da depressão é
esquecer situações felizes. Por isso, acrescenta Korb, olhar fotos antigas ou
conversar com um amigo pode ajudar a refrescar a memória.
O neurocientista descreve três outras
maneiras: tomar sol, receber massagens e praticar exercícios aeróbicos, como
corrida e ciclismo.
3. Dopamina
A dopamina é costuma ser descrita como
responsável por sentimentos como amor e luxúria, mas também já foi tachada de
ser viciante. Daí sua descrição como "mediadora do prazer".
"Baixos níveis de dopamina fazem que
pessoas e outros animais sejam menos propensos a trabalhar para um
propósito", afirmou John Salamone, professor de Psicologia na Universidade
de Connecticut (EUA), em estudo sobre efeitos da dopamina no cérebro publicado
em 2012 na revista Neuron.
Por isso, acrescentou o pesquisador, a
dopamina "tem mais a ver com motivação e relação custo-benefício do que
com o próprio prazer."
O certo é que essa substância química é
acionada quando se dá o primeiro passo rumo a um objetivo e também quando a
meta é cumprida.
Além disso, pode ser gerada por um fato da
vida cotidiana (por exemplo, encontrar uma vaga livre para estacionar o carro)
ou algo mais excepcional (como receber uma promoção no trabalho).
A melhor maneira de elevar a dopamina,
portanto, é definir metas de curto prazo ou dividir objetivos de longo prazo em
metas mais rápidas. E celebrar quando atingi-las.
4. Oxitocina
Por ser relacionada com o desenvolvimento de
comportamentos e vícios maternos, a oxitocina é muitas vezes apelidada de
"hormônio dos vínculos emocionais" e "hormônio do abraço".
Segundo estudo publicado em 2011 pelo
ginecologista e obstetra indiano Navneet Magon, "a ligação social é
essencial para a sobrevivência da espécie (humanos e alguns animais), uma vez
que favorece a reprodução, proteção contra predadores e mudanças ambientais,
além de promover o desenvolvimento do cérebro."
"A exclusão do grupo produz transtornos
físicos e mentais no indivíduo, e, eventualmente, leva à morte",
acrescenta.
Por isso, o obstetra considera que a oxitocina
tem uma "posição de liderança" nesse "quarteto da
felicidade": "É um composto cerebral importante na construção da
confiança, que é necessária para desenvolver relacionamentos emocionais."
Abraçar é uma forma simples de se conseguir um
aumento da oxitocina. Dar ou receber um presente é um outro exemplo.
Breuning, da Universidade da Califórnia,
também aconselha construir relações de confiança, dando "pequenos
passos" e "negociando expectativas" para que ambas as partes
possam concretizar o vínculo emocional.
(Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-39299792
Acesso em 11 de outubro de 2020)
QUESTÕES
7.
Leia
o texto 4 e responda:
a)
Quais são as substâncias que, normalmente,
estão relacionadas ao estado de felicidade?
b)
Quais as dicas para se aumentar naturalmente
essas substâncias no corpo?
PARTE 2: PRODUÇÃO
TEXTUAL
O QUE É
PARA FAZER NESTA ATIVIDADE?
Nesta atividade, vamos refletir sobre as
relações entre felicidade e consumo de bens materiais. Depois de ler todas as
instruções e os textos motivadores, você deverá escrever um texto dissertativo-argumentativo
em terceira pessoa sobre o tema: “É preciso ter bens para ser feliz?”
§ QUAL É O TEMA?
Atualmente,
tatuar no corpo fórmulas químicas estruturais de hormônios relacionados à felicidade
e ao prazer (imagem acima) já é uma tendência. Como você pôde ver nos textos
anteriores, há importantes relações entre hormônios e emoções. Nossas emoções
desencadeiam reações químicas e fisiológicas em nosso organismo, como a
produção de endorfina, serotonina, dopamina, oxitocina. Quando nos sentimos
alegres e felizes, essas substâncias inundam nosso cérebro por alguns minutos e
isso gera intensas sensações de prazer e bem-estar. Portanto, é compreensível
que estejamos sempre em busca de momentos felizes. O problema é que ser feliz
tornou-se uma obrigatoriedade do nosso tempo. As pessoas querem parecer felizes
o tempo todo. Ser feliz associa-se a um modelo de vida e a estereótipos de
pessoa “que curte a vida intensamente” em suas postagens nas redes sociais.
A
felicidade está vinculada a bens materiais, a padrões de consumo divulgados
pela publicidade e valorizados nas redes sociais. Pessoas felizes são aquelas
que consomem roupas e acessórios descolados e smartphones de última geração,
que frequentam os lugares mais badalados, que trocam de carro e viajam para o
exterior.
Nesta atividade, vamos refletir sobre essa
tal felicidade e suas relações com o consumo de bens materiais. Depois de ler
os textos, você deverá escrever um texto dissertativo-argumentativo em terceira
pessoa sobre o tema: “É preciso ter (bens) para ser (feliz)?”
§ O QUE É UM TEXTO
DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO?
Dissertar
é expor, apresentar um tema, uma ideia. E argumentar é defender um ponto de
vista. Portanto, ao escrever um texto dissertativo-argumentativo, você deverá
apresentar o tema e defender seu ponto de vista sobre o assunto.
§ COMO ORGANIZAR OS
PARÁGRAFOS DO TEXTO?
1º
PARÁGRAFO: introdução – apresentação da ideia central de seu texto, de sua tese
sobre o tema;
2º e 3º PARÁGRAFOS:
argumentação – defesa de seu ponto de vista; apresentação de fatos,
informações, observações que comprovem o ponto de vista defendido. (Caso tenha
mais argumentos, você poderá escrever mais de dois parágrafos argumentativos)
4º
PARÁGRAFO: conclusão – para finalizar seu texto, você poderá reafirmar sua
ideia central ou tese, sugerir solução, enfim, “amarrar” as ideias que
construíram seu ponto de vista.
§ QUE TIPO DE LINGUAGEM USAR?
*Norma-padrão:
com atenção especial para pontuação, ortografia e acentuação. Nada de gírias e
coloquialismos, pois essa é uma produção textual formal.
*Uso da
terceira pessoa ou da primeira pessoa do plural – você não deverá se colocar
diretamente no texto com o uso da primeira pessoa do singular (eu). Nada de
usar expressões como “na minha opinião”, “no meu ponto de vista” ou qualquer
outra em que os verbos concordem com o pronome “eu”.
*Uso do
pronome “você” - Não converse diretamente com o leitor, não use o pronome
“você”.
*IMPORTANTE:
Depois de escrever, leia seu texto para eliminar erros de pontuação,
ortografia, concordância (singular e plural), usos de “eu” ou “você”.
TEXTOS MOTIVADORES – LEIA OS TEXTOS A SEGUIR PARA
ENTENDER MELHOR O TEMA DE SUA PRODUÇÃO TEXTUAL
A
FELICIDADE NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS
TEXTOS 1 e 2: Anúncios Coca-Cola
TEXTO 3: Anúncio HABIB’S
TEXTO 4: Anúncio Magazine Luiza
TEXTO 5: Anúncio Pão de Açúcar
TEXTO 6: HAPPINESS, de Steven Cutts
Acesse
o link abaixo para assistir ao curta-metragem de Steven Cutts e refletir sobre
a busca
pela
felicidade (happiness, em inglês) no mundo atual
https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk
TEXTO 7
A Felicidade
Promoções e a
sensação de prazer ao comprar “umas blusinhas”, um carro novo, os shots
de tequila ou os remédios que tomamos para preencher algum vazio interior.
Essa cega e
incessante busca pela felicidade é muito cruel, e foi justamente o que o famoso
animador e ilustrador britânico Steve Cutts, famoso por seu trabalho polêmico e
reflexivo, quis retratar.
Na
animação de Cutts, humanos são retratados como ratos. A escolha por esse animal
certamente não foi mera coincidência. Já ouviu falar na Corrida de Ratos?
Segundo a
Wikipédia: “É um termo usado para um exercício sem fim, autodestrutivo ou
inútil. Evoca a imagem dos esforços inúteis de um rato de laboratório tentando
escapar correndo em uma roda ou em volta de um labirinto. Em uma analogia com a
cidade moderna, muitos ratos em um mesmo labirinto despendem um esforço intenso
correndo aleatoriamente, para ao fim não atingirem nenhum objetivo coletivo ou
individual.”
Sempre apressados
e bombardeados com informações a todo instante, anúncios de “beba”, “coma”,
“veja”, “seja”, “use”, “compre”, os ratos acabam se perdendo na multidão.
Estimulados por essas ordens fantasiadas de sugestões, acreditam que
encontrarão algum sentido para suas vidas. Uma vida inteira baseada em consumo
e na busca por coisas. E enquanto se matam para chegar lá, o sistema continua
lucrando, tornando-se cada vez mais poderoso.
Após uma compra,
quem não sentiu arrependimento depois de perceber que aquele bem material, na
realidade, não trouxe felicidade? Ou voltou da balada, depois de vários
drinques e beijos na boca, notou que mesmo assim continuou vazio? Em um trecho
da animação, o ratinho finalmente consegue comprar um conversível. Sente-se
bem, poderoso, feliz com a nova aquisição, até ficar preso no
trânsito, ser multado, assaltado, violentado. Para coroar, começa a chover.
Seguindo mais uma
vez a “sugestão” do sistema, das corporações, ele procura a felicidade em
prazeres instantâneos, no caso, bebidas e comprimidos. Drogas fáceis e
lucrativas, que podem alterar a percepção de realidade dos ratinhos.
Mas como não
existe tempo para reflexão nesse processo, o mau uso das substâncias leva a
mais problemas.
Quando o efeito
passa, além da possibilidade do vício, mais uma vez a realidade cruel bate na
porta. Ao invés de se rebelar, os ratos entendem que a única solução para todos
esses problemas é ter mais dinheiro.
Trabalhar para gerar lucro é a única coisa que traz o sentido para a existência dos ratos, assim eles continuam aprisionados nas mesmas ratoeiras do sistema.
TEXTO 8
A OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ NOS ENTRISTECE
Vivemos num tempo onde a tristeza não é tolerada. Até mesmo quando perdemos um ente querido, passados alguns dias, há uma cobrança a nossa volta para voltarmos a sorrir. O tempo de elaboração do luto, necessário a todo ser humano, não pode ser vivido. Além disso, precisamos estar prontos para produzir e consumir. Muito. É preciso ainda ter sucesso pessoal e profissional num modelo perfeito de comportamento. E, claro, sempre com muito bom humor. Caso contrário, tem alguma coisa errada com você.
A obrigação de ser feliz - ou
pelo menos aparentar - é uma das principais imposições da sociedade
pós-moderna. O pior é que buscamos cumprir este mandamento sem nos questionar
se é adequado e, claro, saudável.
O fato é que a vida não é o
reino da fantasia, como parecem demonstrar as fotos publicadas nas redes
sociais. Não somos felizes o tempo inteiro. Há períodos em que sentimos medo,
insegurança, tristeza, ansiedade e outras emoções que não nos trazem bem-estar.
E não há nada de errado nisso. É humano. Só que, no fundo, mesmo sabendo disso,
seguimos obedecendo a norma, deixando pouco espaço psíquico para elaborarmos
angústias e perdas, seja de oportunidades, de relacionamentos etc.
Esta necessidade de sempre se
mostrar bem em tudo exacerba a ansiedade e pode trazer a depressão,
caracterizada por uma tristeza duradoura e profunda que prejudica
significativamente o funcionamento familiar, social e profissional do
indivíduo. O depressivo não vê nada de positivo a sua volta.
Embora na depressão os sintomas
possam aparecer em vários níveis, alguns são comuns a quase todas as pessoas
como alterações do sono; diminuição da energia, que pode ser confundida com
cansaço; isolamento social; perda do apetite e do desejo sexual ou ainda
pensamentos recorrentes sobre morte.
Felizmente, a ciência nos
apresenta várias intervenções que proporcionam combater os efeitos da
depressão. Mas não pense que existe fórmula mágica. A melhora não é de fora
para dentro. O movimento é interno, num processo subjetivo, de reflexão sobre
si, que exige espaço psíquico para reavaliar o funcionamento dinâmico das
próprias emoções e, claro, permitir que elas se manifestem.
Quem busca ideais, na maioria
das vezes, inatingíveis, se frustra e se perde de si mesmo ao tentar se
encaixar em padrões pré-estabelecidos culturalmente. Todos nós temos limites. É
da condição humana. Reconhecê-los e aceitá-los é libertador, uma vez que
possibilita, além do autorrespeito, escolhas mais adequadas para si e não que
atendam ao padrão social.
É a autonomia do próprio
bem-querer nos lembrando de que somos protagonistas da nossa vida.
Joselene L. Alvim-
psicóloga/neuropsicóloga
(Disponível
em http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/obrigacao-de-ser-feliz-nos-entristece.html Acesso em 20 de novembro de 2020)
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