ATIVIDADE EXTRA - 9º ANO - PRODUÇÃO TEXTUAL - AGOSTO - 2021

 

PARTE 1  - PARA ENTENDER MELHOR O ASSUNTO HORMÔNIOS

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https://www.youtube.com/watch?v=OAtZQll0gM4

QUESTÕES

1.      O que são as glândulas endócrinas? Quais os exemplos citados no vídeo?

2.      A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas. De acordo com o vídeo, como age a insulina no corpo humano?

TEXTO 2: A PSICOLOGIA DOS HORMÔNIOS

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https://www.youtube.com/watch?v=1mxFd91ssY0

QUESTÕES

3.       O que estuda a endocrinologia comportamental?

4.       Hormônios influenciam comportamentos, mas vários comportamentos também provocam alterações hormonais. O que os cientistas concluíram com a pesquisa sobre testosterona durante a final da Copa do Mundo de 1994?

5.       A oxitocina está relacionada a diferentes comportamentos humanos. Quais os exemplos dados no vídeo?

TEXTO 3: NEUROTRANSMISSORES

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https://www.youtube.com/watch?v=FD8Qaw1TS-k&t=2s

QUESTÕES

6.      Quais as diferenças entre hormônios e neurotransmissores apresentadas no vídeo?

 

TEXTO 4

Os hormônios da felicidade: como desencadear efeitos da endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina

Ao longo dos séculos, artistas e pensadores se dedicaram a definir e representar a felicidade. Nas últimas décadas, porém, grupos menos românticos se juntaram a essa difícil tarefa: endocrinologistas e neurocientistas.

O objetivo é estudar a felicidade como um processo biológico para encontrar o que desencadeia esse sentimento sob o ponto de vista físico.

Ou seja, eles não se importam se as pessoas são mais felizes por amor ou dinheiro, mas o que acontece no corpo quando a alegria efetivamente dispara, e como "forçar" esse sentimento.

Neste sentido, há quatro substâncias químicas naturais em nossos corpos geralmente definidas como o "quarteto da felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina.

A pesquisadora Loretta Breuning, autora do livro Habits of a happy brain ("Hábitos de um cérebro feliz", em tradução livre), explica que "quando o seu cérebro emite uma dessas químicas, você se sente bem".

"Seria bom que surgissem o tempo todo, mas não funcionam assim", diz a professora da Universidade Estadual da Califórnia (EUA).

"Cada substância da felicidade tem um trabalho especial para fazer e se apaga assim que o trabalho é feito."

Conheça a seguir maneiras simples para ativar essas quatro substâncias químicas da felicidade, sem drogas ou substâncias nocivas.

 

1. Endorfinas

As endorfinas são consideradas a morfina do corpo, uma espécie de analgésico natural.

Descoberta há 40 anos, as endorfinas são uma "breve euforia que mascara a dor física", classifica Breuning.

Por isso, comer alimentos picantes é uma das maneiras de liberar esses opiáceos naturais, o que induz uma sensação de felicidade. Mas essa não é a única maneira de obter uma "injeção" de endorfina.

De acordo com estudo publicado no ano passado por pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra), assistir a filmes tristes também eleva os níveis da substância

 

2. Serotonina

Como a serotonina flui quando você se sente importante, o sentimento de solidão e até mesmo a depressão são respostas químicas à sua ausência.

"Nas últimas quatro décadas, a questão de como manipular o sistema serotoninérgico com drogas tem sido uma importante área de pesquisa em biologia psiquiátrica e esses estudos têm levado a avanços no tratamento da depressão", escreveu em 2007 Simon Young, editor-chefe na revista Psiquiatria e Neurociência.

Dez anos mais tarde, a depressão se situa como a principal causa principal de invalidez em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Trata-se de transtorno mental que afeta mais de 300 milhões de pessoas.

A estratégia mais simples para elevar o nível de serotonina é recordar momentos felizes, diz Alex Korb, neurocientista do site Psicologia Hoje.

Um sintoma da depressão é esquecer situações felizes. Por isso, acrescenta Korb, olhar fotos antigas ou conversar com um amigo pode ajudar a refrescar a memória.

O neurocientista descreve três outras maneiras: tomar sol, receber massagens e praticar exercícios aeróbicos, como corrida e ciclismo.

 

 

3. Dopamina

A dopamina é costuma ser descrita como responsável por sentimentos como amor e luxúria, mas também já foi tachada de ser viciante. Daí sua descrição como "mediadora do prazer".

"Baixos níveis de dopamina fazem que pessoas e outros animais sejam menos propensos a trabalhar para um propósito", afirmou John Salamone, professor de Psicologia na Universidade de Connecticut (EUA), em estudo sobre efeitos da dopamina no cérebro publicado em 2012 na revista Neuron.

Por isso, acrescentou o pesquisador, a dopamina "tem mais a ver com motivação e relação custo-benefício do que com o próprio prazer."

O certo é que essa substância química é acionada quando se dá o primeiro passo rumo a um objetivo e também quando a meta é cumprida.

Além disso, pode ser gerada por um fato da vida cotidiana (por exemplo, encontrar uma vaga livre para estacionar o carro) ou algo mais excepcional (como receber uma promoção no trabalho).

A melhor maneira de elevar a dopamina, portanto, é definir metas de curto prazo ou dividir objetivos de longo prazo em metas mais rápidas. E celebrar quando atingi-las.

 

4. Oxitocina

Por ser relacionada com o desenvolvimento de comportamentos e vícios maternos, a oxitocina é muitas vezes apelidada de "hormônio dos vínculos emocionais" e "hormônio do abraço".

Segundo estudo publicado em 2011 pelo ginecologista e obstetra indiano Navneet Magon, "a ligação social é essencial para a sobrevivência da espécie (humanos e alguns animais), uma vez que favorece a reprodução, proteção contra predadores e mudanças ambientais, além de promover o desenvolvimento do cérebro."

"A exclusão do grupo produz transtornos físicos e mentais no indivíduo, e, eventualmente, leva à morte", acrescenta.

Por isso, o obstetra considera que a oxitocina tem uma "posição de liderança" nesse "quarteto da felicidade": "É um composto cerebral importante na construção da confiança, que é necessária para desenvolver relacionamentos emocionais."

Abraçar é uma forma simples de se conseguir um aumento da oxitocina. Dar ou receber um presente é um outro exemplo.

Breuning, da Universidade da Califórnia, também aconselha construir relações de confiança, dando "pequenos passos" e "negociando expectativas" para que ambas as partes possam concretizar o vínculo emocional.

 (Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-39299792 Acesso em 11 de outubro de 2020)

QUESTÕES

7.      Leia o texto 4 e responda:

a)       Quais são as substâncias que, normalmente, estão relacionadas ao estado de felicidade?

b)       Quais as dicas para se aumentar naturalmente essas substâncias no corpo?

 

PARTE 2: PRODUÇÃO TEXTUAL

O QUE É PARA FAZER NESTA ATIVIDADE?

Nesta atividade, vamos refletir sobre as relações entre felicidade e consumo de bens materiais. Depois de ler todas as instruções e os textos motivadores, você deverá escrever um texto dissertativo-argumentativo em terceira pessoa sobre o tema: “É preciso ter bens para ser feliz?”

§  QUAL É O TEMA?

Atualmente, tatuar no corpo fórmulas químicas estruturais de hormônios relacionados à felicidade e ao prazer (imagem acima) já é uma tendência. Como você pôde ver nos textos anteriores, há importantes relações entre hormônios e emoções. Nossas emoções desencadeiam reações químicas e fisiológicas em nosso organismo, como a produção de endorfina, serotonina, dopamina, oxitocina. Quando nos sentimos alegres e felizes, essas substâncias inundam nosso cérebro por alguns minutos e isso gera intensas sensações de prazer e bem-estar. Portanto, é compreensível que estejamos sempre em busca de momentos felizes. O problema é que ser feliz tornou-se uma obrigatoriedade do nosso tempo. As pessoas querem parecer felizes o tempo todo. Ser feliz associa-se a um modelo de vida e a estereótipos de pessoa “que curte a vida intensamente” em suas postagens nas redes sociais.

A felicidade está vinculada a bens materiais, a padrões de consumo divulgados pela publicidade e valorizados nas redes sociais. Pessoas felizes são aquelas que consomem roupas e acessórios descolados e smartphones de última geração, que frequentam os lugares mais badalados, que trocam de carro e viajam para o exterior.

Nesta atividade, vamos refletir sobre essa tal felicidade e suas relações com o consumo de bens materiais. Depois de ler os textos, você deverá escrever um texto dissertativo-argumentativo em terceira pessoa sobre o tema: “É preciso ter (bens) para ser (feliz)?”

 

§  O QUE É UM TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO?

Dissertar é expor, apresentar um tema, uma ideia. E argumentar é defender um ponto de vista. Portanto, ao escrever um texto dissertativo-argumentativo, você deverá apresentar o tema e defender seu ponto de vista sobre o assunto.

§  COMO ORGANIZAR OS PARÁGRAFOS DO TEXTO?

1º PARÁGRAFO: introdução – apresentação da ideia central de seu texto, de sua tese sobre o tema;

2º e 3º PARÁGRAFOS: argumentação – defesa de seu ponto de vista; apresentação de fatos, informações, observações que comprovem o ponto de vista defendido. (Caso tenha mais argumentos, você poderá escrever mais de dois parágrafos argumentativos)

4º PARÁGRAFO: conclusão – para finalizar seu texto, você poderá reafirmar sua ideia central ou tese, sugerir solução, enfim, “amarrar” as ideias que construíram seu ponto de vista.

 

§  QUE TIPO DE LINGUAGEM USAR?

*Norma-padrão: com atenção especial para pontuação, ortografia e acentuação. Nada de gírias e coloquialismos, pois essa é uma produção textual formal.

*Uso da terceira pessoa ou da primeira pessoa do plural – você não deverá se colocar diretamente no texto com o uso da primeira pessoa do singular (eu). Nada de usar expressões como “na minha opinião”, “no meu ponto de vista” ou qualquer outra em que os verbos concordem com o pronome “eu”.

*Uso do pronome “você” - Não converse diretamente com o leitor, não use o pronome “você”.  

*IMPORTANTE: Depois de escrever, leia seu texto para eliminar erros de pontuação, ortografia, concordância (singular e plural), usos de “eu” ou “você”.

 

TEXTOS MOTIVADORES – LEIA OS TEXTOS A SEGUIR PARA ENTENDER MELHOR O TEMA DE SUA PRODUÇÃO TEXTUAL

A FELICIDADE NOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS

TEXTOS 1 e 2: Anúncios Coca-Cola



TEXTO 3: Anúncio HABIB’S


TEXTO 4: Anúncio Magazine Luiza

TEXTO 5: Anúncio Pão de Açúcar


TEXTO 6: HAPPINESS, de Steven Cutts

Acesse o link abaixo para assistir ao curta-metragem de Steven Cutts e refletir sobre a busca

pela felicidade (happiness, em inglês) no mundo atual

 https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk


TEXTO 7

A Felicidade

Promoções e a sensação de prazer ao comprar “umas blusinhas”, um carro novo, os shots de tequila ou os remédios que tomamos para preencher algum vazio interior.

Essa cega e incessante busca pela felicidade é muito cruel, e foi justamente o que o famoso animador e ilustrador britânico Steve Cutts, famoso por seu trabalho polêmico e reflexivo, quis retratar.

Na animação de Cutts, humanos são retratados como ratos. A escolha por esse animal certamente não foi mera coincidência. Já ouviu falar na Corrida de Ratos?

Segundo a Wikipédia: “É um termo usado para um exercício sem fim, autodestrutivo ou inútil. Evoca a imagem dos esforços inúteis de um rato de laboratório tentando escapar correndo em uma roda ou em volta de um labirinto. Em uma analogia com a cidade moderna, muitos ratos em um mesmo labirinto despendem um esforço intenso correndo aleatoriamente, para ao fim não atingirem nenhum objetivo coletivo ou individual.” 

Sempre apressados e bombardeados com informações a todo instante, anúncios de “beba”, “coma”, “veja”, “seja”, “use”, “compre”, os ratos acabam se perdendo na multidão. Estimulados por essas ordens fantasiadas de sugestões, acreditam que encontrarão algum sentido para suas vidas. Uma vida inteira baseada em consumo e na busca por coisas. E enquanto se matam para chegar lá, o sistema continua lucrando, tornando-se cada vez mais poderoso.

Após uma compra, quem não sentiu arrependimento depois de perceber que aquele bem material, na realidade, não trouxe felicidade? Ou voltou da balada, depois de vários drinques e beijos na boca, notou que mesmo assim continuou vazio? Em um trecho da animação, o ratinho finalmente consegue comprar um conversível. Sente-se bem, poderoso, feliz com a nova aquisição, até ficar preso no trânsito, ser multado, assaltado, violentado. Para coroar, começa a chover.

Seguindo mais uma vez a “sugestão” do sistema, das corporações, ele procura a felicidade em prazeres instantâneos, no caso, bebidas e comprimidos. Drogas fáceis e lucrativas, que podem alterar a percepção de realidade dos ratinhos.

Mas como não existe tempo para reflexão nesse processo, o mau uso das substâncias leva a mais problemas.

Quando o efeito passa, além da possibilidade do vício, mais uma vez a realidade cruel bate na porta. Ao invés de se rebelar, os ratos entendem que a única solução para todos esses problemas é ter mais dinheiro.

Trabalhar para gerar lucro é a única coisa que traz o sentido para a existência dos ratos, assim eles continuam aprisionados nas mesmas ratoeiras do sistema.

TEXTO 8

A OBRIGAÇÃO DE SER FELIZ NOS ENTRISTECE


Vivemos num tempo onde a tristeza não é tolerada. Até mesmo quando perdemos um ente querido, passados alguns dias, há uma cobrança a nossa volta para voltarmos a sorrir. O tempo de elaboração do luto, necessário a todo ser humano, não pode ser vivido. Além disso, precisamos estar prontos para produzir e consumir. Muito. É preciso ainda ter sucesso pessoal e profissional num modelo perfeito de comportamento. E, claro, sempre com muito bom humor. Caso contrário, tem alguma coisa errada com você.

A obrigação de ser feliz - ou pelo menos aparentar - é uma das principais imposições da sociedade pós-moderna. O pior é que buscamos cumprir este mandamento sem nos questionar se é adequado e, claro, saudável.

O fato é que a vida não é o reino da fantasia, como parecem demonstrar as fotos publicadas nas redes sociais. Não somos felizes o tempo inteiro. Há períodos em que sentimos medo, insegurança, tristeza, ansiedade e outras emoções que não nos trazem bem-estar. E não há nada de errado nisso. É humano. Só que, no fundo, mesmo sabendo disso, seguimos obedecendo a norma, deixando pouco espaço psíquico para elaborarmos angústias e perdas, seja de oportunidades, de relacionamentos etc.

Esta necessidade de sempre se mostrar bem em tudo exacerba a ansiedade e pode trazer a depressão, caracterizada por uma tristeza duradoura e profunda que prejudica significativamente o funcionamento familiar, social e profissional do indivíduo. O depressivo não vê nada de positivo a sua volta.

Embora na depressão os sintomas possam aparecer em vários níveis, alguns são comuns a quase todas as pessoas como alterações do sono; diminuição da energia, que pode ser confundida com cansaço; isolamento social; perda do apetite e do desejo sexual ou ainda pensamentos recorrentes sobre morte.

Felizmente, a ciência nos apresenta várias intervenções que proporcionam combater os efeitos da depressão. Mas não pense que existe fórmula mágica. A melhora não é de fora para dentro. O movimento é interno, num processo subjetivo, de reflexão sobre si, que exige espaço psíquico para reavaliar o funcionamento dinâmico das próprias emoções e, claro, permitir que elas se manifestem.

Quem busca ideais, na maioria das vezes, inatingíveis, se frustra e se perde de si mesmo ao tentar se encaixar em padrões pré-estabelecidos culturalmente. Todos nós temos limites. É da condição humana. Reconhecê-los e aceitá-los é libertador, uma vez que possibilita, além do autorrespeito, escolhas mais adequadas para si e não que atendam ao padrão social.

É a autonomia do próprio bem-querer nos lembrando de que somos protagonistas da nossa vida.

Joselene L. Alvim- psicóloga/neuropsicóloga

(Disponível em http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/psicoblog/post/obrigacao-de-ser-feliz-nos-entristece.html Acesso em 20 de novembro de 2020)




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