ATIVIDADES DE QUARENTENA- ATIVIDADE 11- 05 a 19 de outubro de 2020
9º ano – Prof.ª Andrea Fusco
COLOQUE A DATA DA ATIVIDADE, COPIE E RESPONDA AS PERGUNTAS EM SEU CADERNO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Nesta
atividade, vamos falar de dois tipos de preconceito muito presentes em nosso
dia-a-dia. Na parte 1, falaremos sobre preconceito linguístico. Na parte 2,
trataremos de gordofobia.
PARTE 1
TEXTO
1
Maisa detona erros de português e fãs reagem:
''Virou fiscal''
Após criticar erros dos seguidores, apresentadora levantaram debate
sobre preconceito linguístico
Redação
Contigo! Publicado quinta 6 junho, 2019
É
que na manhã desta quinta-feira (6), a jovem compartilhou um tuíte
dizendo ficar incomodada com erros de português e levou puxão de orelha de
alguns seguidores.
"Mano a galera não sabe escrever estupro né? O tanto
de estrupo que eu tô lendo na timeline tá me dando agonia",
disparou a apresentadora.
"Estrupo. Largartixa. Iorgute. Pra mim fazer.
Trofeis. Todos me dão aflição", completou, citando outras gafes
gramaticais.
Não satisfeita, ela ainda contou que abreviações, comuns
na internet, também a deixam P da vida.
"De todos os erros que eu citei, o que mais me deixa
agoniada são pessoas que gostam de abreviar demais. Abreviar é ok, mas muitas
abreviações na mesma frase não da pra ler",
disse.
"Parece criança digitando",
finalizou.
Fãs, então, comentaram a declaração da fofa.
"Eu sei que dá aflição, mas por favor lembra que
muita gente não tem condições de estudar e tem dificuldade com a língua [...]
Cuidado para não fazer ninguém se sentir mal (sei que não é a sua
intenção!)", disse um seguidor.
"Ma, não são todas as pessoas que tiveram a mesma
oportunidade que nós de aprender a escrever corretamente, por isso precisamos
ter a famigerada empatia", alertou outra.
"Ah, pronto! A biscoitera virou fiscal agora", disparou mais uma.
(Disponível em https://contigo.uol.com.br/noticias/ultimas/maisa-detona-erros-de-portugues-e-fas-reagem-a-biscoiteira-virou-fiscal.phtml Acesso em 02 de
julho de 2020)
QUESTÕES
1. Releia os argumentos apresentados pelos seguidores de Maisa Silva. Em seguida, comente se você concorda com esses argumentos.
TEXTO 2: MEME (somente para ler)
TEXTO 3: MEME (somente para ler)
TEXTO 3: DEPOIMENTO – EMICIDA (somente para ver)
AMPLIFICA por Emicida
- Preconceito linguístico no dia a dia
Clique para ver
TEXTO 4: O que é preconceito linguístico
O jeito de
falar de alguém, o modo como uma pessoa se apropria da língua que fala, diz
muito a respeito dessa pessoa. Pelo jeito de falar pode-se deduzir a origem
geográfica de alguém, a faixa etária, o grau de escolaridade e até mesmo seu
nível socioeconômico. O jeito de falar ─ e de escrever também ─ revela um modo
de ser e estar no mundo que é cultivado em um grupo social ─ é, portanto,
cultura. Vivendo em um mundo dividido e plural, muitos tendem a acharem-se
superiores aos outros por compartilharem de ideias e valores cultivados pela
parte mais bem-sucedida da sociedade, a chamada elite cultural. Dentre esses
valores compartilhados socialmente, está a língua falada e escrita em sua
modalidade oficial: a norma padrão. Assim sendo, falar e escrever
“corretamente” fazem parte do jeito de ser e pensar de pessoas que desfrutam de
prestígio social. Do mesmo modo, em sentido contrário, falar e escrever
“errado” fazem parte do jeito de ser de pessoas que desfrutam de pouco ou
nenhum prestígio social.
(texto:
professora Andrea Fusco, especialmente para esta atividade)
QUESTÕES
1.
PROPOSTA
DE PRODUÇÃO TEXTUAL: escreva em seu caderno um pequeno texto dissertativo argumentativo
(entre 150 e 300 palavras) o tema “O
Preconceito linguístico: o que é e como isso afeta a vida das pessoas?”
IMPORTANTE!
·
Seu
texto deverá ser escrito À CANETA;
·
Atenção
especial para ortografia, pontuação, concordância e usos de referentes (lembre-se
das orientações dadas na correção do nosso último exercício de escrita);
·
NÃO
USE: PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR!
·
Depois
de escrever, você deverá fotografar seu texto em boas condições de luz e enviar
para professora Andrea.
PARTE 2
O
emagrecimento da cantora inglesa Adele foi um assunto muito comentado nas redes
sociais. O fato de o emagrecimento de alguém de tornar assunto na mídia é só
uma demonstração de um problema sério, há muito presente entre nós: a
gordofobia.
Os
textos a seguir vão ajudar você a entender melhor o que é esse problema e como
ele afeta a vida das pessoas.
TEXTO 5
ADELE MAGRA: QUAL É O PROBLEMA POR TRÁS
DA FOTO DE ANIVERSÁRIO DA CANTORA?
06/05/2020 - Por Veronica Raner
Adele completou 32 anos no último dia
5 de maio e, como de costume, publicou uma foto em seu Instagram para agradecer às mensagens de parabéns. Tudo normal, nada que já
não tenhamos visto ao longo dos últimos 12 anos, desde a ascensão da cantora
inglesa com seu álbum de estreia, “19”, e, três anos depois, com o
arrebatador “21”. Não fosse por um detalhe:
sua forma física.
Desde o começo do ano, a perda de peso de Adele já
havia virado notícia nos jornais e tabloides mundo afora. A cantora publicou
uma foto no Natal em que aparecia ao lado de um
“Papai Noel Grinch”. Pouco depois, em janeiro, teve imagens suas com fãs
viralizadas na internet por conta do aparente emagrecimento. Visivelmente mais
magra, a cantora aparecia sorrindo ao lado de admiradores locais. O termo
“Adele magra”, no Brasil, atingiu o nível máximo de interesse via buscas no
Google. O fato se repetiu na manhã desta quarta-feira, após a publicação da
foto de aniversário.
Mas, então, qual é o problema de falar sobre a
magreza de Adele? Muitos. Basta ler os comentários para ver que a perda de peso
da cantora é quase sempre associada a uma melhora: ela está linda porque
emagreceu. Ela está “deusa” porque emagreceu. Ela está “radiante” porque
emagreceu. O padrão de beleza socialmente aceito é aquele que coloca a mulher
(bem mais do que os homens) gorda como feia e, a magra como bonita. Algo que
não está restrito a personalidades da mídia, mas que qualquer anônima que passa
por uma mudança considerável de peso já deve ter ouvido. “Nossa, você está
bonita, emagreceu!”, “que linda, está magrinha!”, “o rosto dela é tão bonito,
pena que é gordinha, né?” e afins.
Ser magro nem sempre é questão de ter saúde. Assim
como o sobrepeso nem sempre é sinal de problemas sérios no organismo. A questão
é que socialmente estamos tão condicionados a colocar esses estereótipos em
polos opostos que aprendemos a relacionar magreza a corpos bonitos e aqueles
que não estão nesse padrão automaticamente “precisam se cuidar”. Sacar a carta
do “é questão de saúde” costuma mascarar o nome deste tipo de associação: gordofobia. O
pensamento que demoniza curvas e usa o termo “gordo” como pejorativo. Ser gordo
não é pejorativo. Pejorativo é colaborar para a manutenção de um status quo discriminatório.
Adele sempre foi bonita e
isso nunca teve a ver com seu peso na balança ou com seus olhos claros. A
beleza da dona de um Oscar — por “Skyfall”,
em 2013 — e 15 Grammys (entre eles, os quatro principais
troféus da edição de 2012) está em sua voz potente e afinada, em seu bom humor,
na espontaneidade de quem tenta mostrar que é “gente como a gente”, no carisma
e na sinceridade com que sempre se manifestou sobre aquilo em que acredita.
Adele nunca foi uma artista
que gostou de se expor. Desde o início da carreira, ela sempre foi clara sobre
preservar a privacidade e sobre a difícil relação que nutria com a exposição
exacerbada, principalmente com relação ao filho, Angelo, de sete
anos, fruto da relação com Simon Konecki. Em sua última turnê, pelo
álbum “25”, a cantora
falou sobre como fazer shows e preparar giros pelo mundo eram gatilhos para
crises de ansiedade e pânico. Não é o caso de depreender intenções e objetivos
por trás do emagrecimento, caso Adele não se manifeste a respeito. A cada um
cabe cuidar de seu próprio corpo — e refletir sobre os porquês e as
consequências dos padrões de beleza que nutrimos.
(Disponível em https://reverb.com.br/artigo/adele-magra-qual-e-o-problema-por-tras-da-foto-de-aniversario-da-cantora Acesso em 02 de outubro de 2020)
TEXTO 5
Versace faz história ao escolher modelos plus-size para apresentar
sua nova coleção
Essa foi a primeira ocasião em que modelos “plus-size” carregaram o nome da loja
Publicado
em 29/09/2020 às 12:17
Por
Na última sexta-feira, 25, a Versace apresentou sua nova coleção
primavera verão e chamou atenção pela escolha as modelos “plus-size”. O desfile
fugiu do padrão da Semana de Moda de Milão.
As pioneiras foram Jill Kortleve (que no começo do ano também
desfilou para a Fendi), além de Alva Claire e Precious Lee, que dividiram os
flashes com estrelas já consagradas como Irina Shayk e Joan Smalls.
“Elas são mulheres como todas as outras e devem ter orgulho de
seus corpos e se vestir do jeito que acharem melhor”, a diretora criativa da
Versace, Donatella, disse para a revista “Time” em 2008, mas sempre prezava
pelas modelos de “corpo perfeito” nas passarelas. Essa foi a primeira ocasião
em que modelos “plus-size” carregaram o nome da loja.
(Disponível em https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/moda/versace-faz-historia-ao-escolher-modelos-plus-size-para-apresentar-sua-nova-colecao/ Acesso em 02 de
outubro de 2020)
TEXTO 6: Videoaula Gordofobia – Brasil Escola
Para acessar essa aula,
clique no link abaixo
https://www.youtube.com/watch?v=C-534YpeYOI
TEXTO 7
Obesidade cresce de forma acelerada no Brasil
e se aproxima da taxa dos países ricos, indica OCDE
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC News Brasil
10 outubro 2019
A quantidade de pessoas obesas no Brasil cresceu de forma mais acelerada que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Agora, o Brasil se aproxima da taxa do problema nos países ricos.
Mais de um quinto da população
brasileira é obesa, segundo um estudo da OCDE divulgado nesta quinta-feira
(10/10).
O documento revela que a
proporção de obesos na população adulta brasileira passou de 12,7% em 1996 para
22,1% em 2016. No mesmo período, a média da OCDE passou de 15,4% para 23,2%.
O levantamento é baseado em
critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que levam em conta
o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC).
O IMC é uma
equação que leva em conta o peso e a altura da pessoa. Um IMC entre 25 e 29,9
indica sobrepeso. O índice de 30 ou mais aponta obesidade, sendo que acima de
35 é a chamada obesidade mórbida.
Existem grandes disparidades entre os países membros da organização:
enquanto nos Estados Unidos o número de obesos atinge 36,2% da população
adulta, no Japão ele é de apenas 4,3%, um dos mais baixos entre os 52
analisados no estudo chamado O Fardo Pesado da Obesidade: a Economia da
Prevenção.
A Arábia Saudita — que, como o Brasil, não integra a OCDE — é o segundo
país com maior índice de obesos: 35,4%. A Índia possui o menor número de obesos
entre os países avaliados, apenas 3,9% dos adultos. Na China, esse número é de
6,2%.
Nos países da OCDE, 58% da população tem sobrepeso, decorrentes de uma
alimentação pouco saudável e falta de atividade física, que contribuem para o
aumento da obesidade. Dos 36 países membros da organização, 34 têm mais da
metade da população acima do peso.
Segundo o estudo, a média de adultos obesos na OCDE cresceu de 21% em
2010 para quase 24% em 2016, último dado do estudo, o que representa um
acréscimo de cerca de 50 milhões de pessoas.
Pessoas de baixa renda e com menor nível educacional têm maior
probabilidade de consumir uma alimentação menos saudável, com quantidade
insuficiente de frutas e legumes, e se tornarem obesas, afirma a organização. O
problema afeta mais as mulheres nessa categoria social.
No Brasil, 25,4% das mulheres adultas são obesas, enquanto o número de
homens é de 18,5%. (Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50001245 Acesso em 02 de outubro de 2020)
QUESTÕES
4. PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL (II): escreva em seu caderno um pequeno texto dissertativo argumentativo (entre 150 e 500 palavras) o tema “Gordofobia: como o preconceito afeta a vida das pessoas gordas?”
IMPORTANTE!
· Seu texto deverá ser escrito À CANETA;
· Atenção especial para ortografia, pontuação, concordância e usos de referentes (lembre-se das orientações dadas na correção do nosso último exercício de escrita);
· NÃO USE: PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR!
· Depois de escrever, você deverá fotografar seu texto em boas condições de luz e enviar para professora Andrea.
Para
ajudar você a lembrar os tipos de argumento
SÓ PARA LER
Para persuadirmos nossos interlocutores, ou seja,
para convencê-los de que nossas opiniões são válidas, não basta fazer uso de
achismos e observações superficiais da realidade. É preciso aprender a
desenvolver argumentos convincentes. Abaixo temos os tipos de argumento mais
comuns no processo de argumentação.
Tipos de argumento
Ø
Argumento de autoridade: é aquele que apresenta o
conhecimento de um ou mais especialistas no assunto tratado no texto. Esse tipo
de argumento também é chamado de “citação de autoridade”. Vale ressaltar que,
nesse contexto, a palavra “autoridade” não está relacionada à autoridade legal
ou policial, mas à autoridade científica obtida por meio de estudos, pesquisas
e aprofundamento em uma área do conhecimento.
Ø
Argumento por evidência: é aquele que apresenta
dados, estatísticas, resultado de pesquisas, números que comprovam a informação
usada como argumento.
Ø
Argumento por
exemplificação:
é aquele que apresenta exemplos, fatos e situações que reafirmam uma opinião.
Ø
Argumento de causa e
consequência:
é aquele apresenta um raciocínio lógico com relações de causa e consequência.
Ø
Argumento da competência
linguística:
é aquele que apresenta uma linguagem bem elaborada e totalmente de adequada ao
interlocutor. Trata-se de uma estratégia não apenas de domínio da linguagem,
mas da situação em que estão envolvidos locutor e interlocutor.
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