ATIVIDADES DE QUARENTENA-
ATIVIDADE 12- 19 a 26 de outubro de 2020
9º ano – Prof.ª Andrea Fusco
COLOQUE A DATA DA ATIVIDADE, COPIE E RESPONDA AS PERGUNTAS EM SEU CADERNO DE LÍNGUA PORTUGUESA
PARTE 1: ESTUDO DA NORMA-PADRÃO – USOS DE
CRASE
Observe
que na oração “Diga não à gordofobia” temos um à (lê-se “a
craseado”).
Por
que usamos essa crase?
O
que é a crase?
Em que situações devemos usá-la?
Este
é o primeiro assunto desta nossa atividade.
TEXTO
1 (PARA LER E RELER)
O
que é a crase?
Um
à é resultado da
soma de um ‘a preposição’ com um ‘a artigo’.
À
= A (artigo feminino) + A (preposição)
Então,
a partir dessa definição, já temos uma certeza: não se usa “à” antes de
palavra masculina, verbos e pronomes.
Como
a crase se forma?
Algumas
palavras já trazem um a com elas (um ‘a preposição’). por exemplo:
Vou
a ...
Direi
a ...
Eu
me refiro a ...
Sou
favorável a ...
Quando
esse tipo de palavra se encontra com uma palavra feminina, temos a soma a + a=
à.
Então
teremos:
Vou
à cidade.
Direi
à menina que você não quer ficar com ela.
Eu
me refiro à menina loira, não à menina morena.
Sou
favorável à decisão de ontem.
Percebeu?
Na
hora de escrever, é preciso prestar atenção nesses detalhes.
ALGUMAS
DICAS IMPORTANTES...
·Não pode haver
crase antes de palavra masculina.
Então:
Agradeço
a Deus. (sem crase)
Obedeço
a meu pai. (sem crase!)
Esses
são os preços a prazo. (sem crase!)
Sujeito
a guincho (sem crase!)
·Também não se usa
crase antes de verbo.
Veja:
Preços
a partir de R$10,00 (sem crase)
Não
estamos dispostos a abrir mão de nossa escolha. (sem crase)
·Também não usamos crase
antes de pronomes.
Por
exemplo:
Eu
me refiro a todas as suas amigas. (sem crase)
·Em expressões com
palavras repetidas, não se usa crase.
Observe:
dia
a dia, frente a frente, cara a cara. (sem crase!)
REGRA PRÁTICA
Na
dúvida, preste atenção: a crase só pode ocorrer antes de uma palavra feminina;
então, aqui vai um truque: troque a palavra feminina por qualquer outra palavra
masculina (não se preocupe com o sentido da frase, é só para testar!).
Se
antes da palavra masculina aparecer ‘ao’, então haverá crase.
Complicado?
Veja
esse exemplo.
Vou
a praia.
Tem
crase ou não?
Troque
por uma palavra masculina. Por exemplo, “clube”.
Vou
ao clube. Apareceu ‘ao’?
Então
tem crase: vou à praia.
Isso
acontece porque existe um “a” que é preposição e que vem com o verbo “vou”.
EXERCÍCIO (PARA COPIAR E FAZER NO SEU
CADERNO)
1.Nas orações abaixo, coloque a crase somente quando necessário.
a)Quanto as informações, essas ainda não chegaram a nós.
b)Ela decidiu dizer não a todos os insistentes.
c)Hoje não vamos a balada.
d)De segunda a sexta, a clientela está sempre presente.
e)Ele disse não a cliente.
f)Esse seu vestido não está adequado a festa.
g)Ele correspondeu as expectativas?
h)Mantenha a sala limpa.
i)Apaguem a luz antes de sair.
j)Eu me apaixonei. Foi amor a primeira vista!
PARTE 2: LEITURA E ANÁLISE TEXTUAL
TEXTO 2
ACESSE O LINK ABAIXO PARA O VER O VÍDEO OBESIDADE
NA ADOLESCÊNCIA
https://www.youtube.com/watch?v=My_0_dXZTXs&feature=emb_logo
QUESTÕES
2. No vídeo indicado acima, a Dra. Sophie
Deram se propõe a estimular uma forma positiva de se prevenir a obesidade na
adolescência por meio de dicas. Quais são essas dicas? Aponte pelo menos três argumentos
apresentados por ela para justificar essas dicas.
TEXTO 3
Como os anúncios de fast food entram em sua mente sem
que você se dê conta
Estudos mostram como anúncios podem
ativar o centro de recompensa cerebral. E isso começa na infância.
Garin Pirnia – 23/03/2019
Acadêmicos
de todo o mundo estudam há anos os efeitos dos anúncios de fast food sobre
crianças e adolescentes. Com quase uma em cada cinco crianças em idade escolar
nos Estados Unidos classificada como obesa, esses estudos procuram identificar
como comerciais de televisão, merchandising e a nova fronteira do marketing
digital estão nos levando a estilos de vida pouco saudáveis.
Digamos
que você assista a um comercial de um Big Mac. Isso quer dizer que você vai
pegar o carro imediatamente, ir a um McDonald’s e pedir o sanduíche, uma bomba
de 563 calorias? Não necessariamente. Mas o marketing do fast food penetra em
nosso cérebro insidiosamente, de maneiras que nem sequer percebemos.
Na
Universidade do Michigan, a professora Ashley Gearhardt dirige o laboratório
de Ciência
e Tratamento da Adição Alimentar (Fast), um restaurante simulado de fast
food que emprega neuroimageamento para estudar esses tipos de estímulos.
Ela
está no momento fazendo um estudo com 180 adolescentes para identificar o que
ocorre no corpo estriado – a seção de recompensa do cérebro – quando as pessoas
assistem aos comerciais, e como os comerciais podem “penetrar na cabeça” delas.
Gearhardt mostrou 3 tipos de comerciais aos adolescentes: fast food pouco
saudável, fast food mais saudável e um comercial de celulares, usado como
controle.
“[Os anúncios de fast food] são preparados para
que você seja motivado a buscar comidas ultraprocessadas. Então você começa a
vasculhar sua cozinha. Talvez nem perceba a ligação entre o que você acaba de
ver na TV e por que você de repente ficou com vontade de comer.”
AHSLEY GEARHARDT, DO LABORATÓRIO
DE CIÊNCIA E TRATAMENTO DA ADIÇÃO ALIMENTAR
“Quando
adolescentes assistem a comerciais de fast food, isso parece ativar os centros
de recompensa cerebral de modo mais eficaz do que outros tipos de anúncios”,
disse a estudiosa ao HuffPost, falando de suas conclusões preliminares (um
artigo está prestes a ser publicado). “Os adolescentes que revelam a maior
ativação do centro de recompensa cerebral parecem ser os que correm maior risco
de ganhar peso com o passar do tempo. É difícil as pessoas se defenderem contra
isso porque não é um processo consciente.”
Gearhardt
explicou que ver um Big Mac na tela não faz a pessoa sentir desejo de comer um
Big Mac, mas a faz desejar tudo que se enquadra na mesma categoria. E isso
ocorre ao nível biológico.
“Todo
esse sistema está preparado para que você seja motivado a buscar comidas
ultraprocessadas”, ela explicou. “Então você começa a vasculhar sua cozinha.
Talvez você nem perceba a ligação entre o que acaba de ver na TV e por que você
de repente ficou com vontade de comer. Não é que você esteja realmente
precisando de calorias, é que você deseja a recompensa da comida.”
Vincular
anúncios diretamente com obesidade é complicado, mesmo porque outros fatores,
como a genética e nossos hábitos alimentares, também afetam o resultado.
Mas em 2018 a professora de psicologia Emma Boyland, da
Universidade de Liverpool, co-escreveu um artigo intitulado “Impacto sustentado
dos anúncios na TV e online de alimentos energeticamente densos sobre a
ingestão alimentar de crianças: um ensaio randomizado, cruzado, contrabalançado
com sujeitos”. Crianças de 7 a 12 anos de idade no estudo assistiram a
“advergames” (videogames na internet com anúncios) e anúncios na TV.
Ecoando
algumas das conclusões de Gearhardt, Boyland disse ao HuffPost: “Temos
evidências de que a exposição ao marketing de alimentos e bebidas pouco
saudáveis eleva o consumo alimentar de crianças e que elas não comem menos na
refeição seguinte para compensar pelo consumo aumentado”.
Jennifer
Harris, diretora de iniciativas de marketing do Centro
Rudd de Política Alimentar e Obesidade, na Universidade do Connecticut, e
sua equipe constantemente publicam artigos acadêmicos sobre a correlação entre
marketing de fast food e obesidade infantil. Como Gearhardt, ela acha que os
adolescentes são especialmente vulneráveis aos anúncios de junk food, mais que
as crianças de até 12 anos.
“Os
adolescentes não possuem mecanismos bem desenvolvidos de controle cognitivo”,
disse Harris ao HuffPost. “Seu córtex frontal só se desenvolve no início da
casa dos 20 anos. Por essa razão, eles são muito impulsivos.”
Some-se
a isso a pressão de pares, o fato de serem hipervoltados à recompensa, de que
não existem proteções para eles e de que eles têm acesso a dinheiro, e
percebe-se que os adolescentes são os alvos ideais das empresas de fast food.
Mas Rudd publicou um estudo em janeiro deste ano detalhando como empresas de
fast food vêm voltando seus anúncios cada vez mais às comunidades negra e
hispânica, um setor da população que já é suscetível à obesidade.
“Do
ponto de vista da saúde pública, esses são os últimos consumidores aos quais
deveríamos direcionar anúncios de fast food, refrigerantes e doces”, disse
Harris.
A publicidade está em todo lugar, mesmo que você não perceba
Crianças
e adolescentes andam assistindo a menos TV que no passado, mas tanto Gearhardt
quanto Harris disseram que eles ainda são expostos a entre nove e dez anúncios
de fast food todos os dias, e isso não inclui anúncios não quantificáveis nas
redes sociais, em clipes supostamente educativos do YouTube que ensinam
crianças pequenas a diferenciar cores usando chocolatinhos M&M e garrafas
de Coca, e em merchandising, que é mais subliminar que comerciais de televisão.
O
exemplo mais famoso de merchandising é o de Reese’s Pieces (uma marca de
confeito de manteiga de amendoim) no filme “E.T.” (as vendas teriam tido um
salto de 65%). Há exemplos de merchandising em “Mac and Me”, de 1988 (a maior
parte do filme ocorre dentro de um McDonalds), “As Tartarugas Ninja”
(Domino’s), “Superman 2 – A Aventura Continua” (Coca e Marlboro), “Little
Nicky, Um Diabo Diferente” (Popeyes) e “Quanto Mais Idiota Melhor”, que
satirizou o merchandising de maneira hilária.
Um estudo de 2018 analisou a retenção de marcas quando as
pessoas são expostas a comerciais tradicionais ou a spots com merchandising.
“As comparações apontam para a superioridade do merchandising. As marcas
apresentadas dessa maneira foram lembradas mais frequentemente pelos
espectadores”, descobriu o estudo.
“Se uma empresa decidir fazer o que é melhor
para a população e as outras não fizerem o mesmo, ela será prejudicada
comercialmente. É por isso que são os consumidores que precisam exigir que as
empresas deixem de promover os piores produtos para o público infantil e as
comunidades não brancas.”
- JENNIFER HARRIS, DIRETORA DE INICIATIVAS DE
MARKETING DO CENTRO RUDD DE POLÍTICA ALIMENTAR E OBESIDADE, NA UNIVERSIDADE DO
CONNECTICUT
As
mídias sociais são insuficientemente estudadas no momento, mas Boyland e quatro
outros acadêmicos acabam de publicar um artigo intitulado “O impacto sobre a ingestão alimentar de
crianças do marketing de alimentos (saudáveis ou não) realizado por influencers
das redes sociais”. No estudo, 176 crianças de 9 a 11 anos assistem a
influencers no YouTube e Instagram comendo salgadinhos e outros lanches. “As
crianças que assistiram a influencers devorando lanches não saudáveis elevaram
significativamente sua ingestão total de alimentos, quando comparadas às
crianças que assistiram a influencers com produtos não alimentares”, diz o
artigo. “Assistir a influencers comendo alimentos saudáveis não afetou
significativamente a ingestão alimentar das crianças.”
“O
que diferencia o digital e o torna uma influência mais poderosa que a TV é a capacidade
de visar os indivíduos que têm tendência maior a reagir ao marketing,
expondo-os aos conteúdos em momentos vulneráveis, quando eles mais
provavelmente vão reagir a eles”, disse Boyland.
Como podemos nos controlar (e controlar nossos filhos)
O
que pode ser feito, então, para combater a nefanda indústria do fast food?
Gearhardt sugere que você faça seus filhos assistirem a conteúdos em
plataformas não comerciais, como a Netflix.
Boyland
acha que cabe ao estado fiscalizar a publicidade e proteger as crianças. “Em
lugar de esperar que os cidadãos se defendam, os responsáveis por traçar as
políticas públicas precisam assumir a tarefa de reduzir o poder da indústria
alimentícia de manipular os cidadãos”, ela opinou.
No
Reino Unido, o Ofcom (Escritório de Comunicações, um órgão público) regulamenta
os serviços de televisão, rádio, telecomunicações e sem fio e define padrões
para a publicidade na televisão. As políticas de redução dos comerciais de fast
food em programas infantis têm sido eficazes, e Boyland disse que o governo
estuda a possibilidade de proibir anúncios de qualquer produto não saudável
antes das 21h.
Muito
antes de fazer seu doutorado, Harris trabalhou para o outro lado, com
marketing. Devido a essa experiência profissional, sua atitude é mais
pessimista.
“As
empresas não podem fazer nada, a não ser que sejam obrigadas a isso”, ela
explicou. “Porque se uma empresa decidir fazer o que é melhor para a população
e as outras não fizerem o mesmo, ela será prejudicada comercialmente. É por
isso que são os consumidores que precisam exigir que as empresas deixem de
promover os piores produtos para o público infantil e as comunidades não
brancas. A opinião pública precisa começar a mudar e as pessoas precisam
começar a responsabilizar essas empresas pelo que estão fazendo.”
Como
ocorreu com a epidemia do cigarro, as pessoas vão continuar a comer Big Macs e
semelhantes, mesmo cientes de que o fast food lhes faz mal.
“As
pessoas amam esses produtos”, disse Harris. “Há ligações emocionais fortes que
foram formadas graças a anúncios e outros meios. Com 2 anos de idade, as
crianças já reconhecem marcas e logotipos. É uma coisa muito poderosa. Uma vez
formados esses vínculos emocionais, é muito difícil desapegar-se deles.”
*Este
texto foi originalmente publicado no HuffPost US e traduzido do inglês.
(Disponível em https://www.huffpostbrasil.com/entry/fast-food-marketing_br_5c953e44e4b057f7330aa7b4 Acesso em 11 de
outubro de 2020)
3.O que acontece no cérebro das pessoas quando elas veem um comercial de fast food? Esse processo é consciente?
4.Quais são os fatores que fazem com que os adolescentes sejam os alvos ideais para as empresas de fast food?
PARTE
3: PESQUISA
Coffee-break, fast food, home-office, timeline são apenas algumas palavras estrangeiras usadas no dia-a-dia dos brasileiros. Estrangeirismos como esses existem em praticamente todas as línguas do mundo. Não é exclusividade da língua portuguesa. Entretanto, não se pode deixar de notar que quanto mais palavras estrangeiras existem em uma língua, mais ela sofre influências culturais vindas de outros países.
Há diferenças entre estrangeirismos usados normalmente no português de Portugal e no português brasileiro. Por exemplo, em Portugal, dizem “sítio” para site e “rato” para o nosso mouse do computador. No Brasil, o uso de estrangeirismos, muitas vezes, parece exagerado. Como, por exemplo, o uso de delivery no lugar de entrega. Ou os usos (muitas vezes equivocados) das expressões drive thru ou take away.
Pesquise, pelo
menos, 10 estrangeirismos comuns no dia-a-dia dos brasileiros atualmente.
Escreva-os em seu caderno e indique o significado de cada um.
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