ATIVIDADES DE QUARENTENA – ATIVIDADE 16 –       23/11/2020 - Prof.ª  Andrea Fusco

Anote o cabeçalho com a data e o número da atividade em seu caderno de língua portuguesa.

Lembre-se: você deverá copiar todas as perguntas no seu caderno!

O texto que você vai é parte do capítulo inicial de Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato. Nesse livro, a turma do Sítio do Picapau Amarelo faz uma viagem diferente, circulando pela terra da gramática, eles conhecem as regras da língua de um jeito mais leve e divertido.

TEXTO 1: CHEGANDO AO PAÍS DA GRAMÁTICA

Os meninos fizeram todas as combinações necessárias e no dia marcado partiram muito cedo, a cavalo no rinoceronte, o qual trotava um trote mais duro que a sua casca. Trotou, trotou e, depois de muito trotar, deu com eles numa região onde o ar chiava de modo estranho.

─ Que zumbido será esse? ─ indagou a menina. ─ Parece que andam voando por aqui milhões de vespas invisíveis.

─ É que já entramos no País da Gramática ─ explicou o rinoceronte. ─ Estes zumbidos são os sons orais, que voam soltos no espaço.

─ Não comece a falar difícil que nós ficamos na mesma ─ observou Emília. ─ Sons orais, que pedantismo é esse?

─ Som oral quer dizer som produzido pela boca. A, E, I, O, U são sons orais, como dizem os senhores gramáticos.

─ Pois diga logo que são letras! ─ gritou Emília.

─ Mas não são letras! ─ protestou o rinoceronte. Quando você diz A ou O, você está produzindo um som, mas não está escrevendo uma letra. Letras são sinaizinhos que os homens usam para representar esses sons. Primeiro há os sons orais, depois é que aparecem as letras, para marcar esses sons orais. Entendeu?

O ar continuava num zum-zum cada vez maior. Os meninos pararam, muito atentos, a ouvir.

─ Estou percebendo muitos sons que conheço ─ disse Pedrinho, com a mão em concha ao ouvir.

─ Todos os sons que andam zumbindo por aqui são velhos conhecidos seus, Pedrinho.

─ Querem ver que é o tal Alfabeto? ─ lembrou Narizinho. ─ E é mesmo!... Estou distinguindo todas as letras do alfabeto...

─ Não, menina; você está apenas distinguindo todos os sons das letras do Alfabeto ─ corrigiu o rinoceronte com uma pachorra igual à da Dona Benta. ─ Se você escrever cada um desses sons, então, sim; surgem as letras do Alfabeto.

(LOBATO, Monteiro. EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA. 2ª edição comentada. São Paulo: Globo, 2008. P.16)

QUESTÕES

1.No texto 1, podemos ver que Emília, Pedrinho e Narizinho confundem letras com sons. Como o rinoceronte explica a diferença entre letras e sons?

 

PARTE 2: GRAMÁTICA - FONOLOGIA

TEXTO 2: SOBRE SONS E LETRAS

Como você já percebeu, as palavras não são formadas por letras; elas são formadas por sons. As letras servem apenas para se materializar no papel os sons das palavras. As letras são representações gráficas dos sons.

SOM: pode ser falado e ouvido, é acústico. Ao estudarmos uma língua, chamamos o som de fonema.

LETRA: pode ser escrita e lida. É a representação gráfica do som, portanto, é visual. Existem várias letras que podem representar um mesmo som da língua portuguesa.

Existe o caso da letra H, que não representa som nenhum, existindo apenas na escrita.

E há ainda casos de sons que são representados por duas letras. Para entender melhor essas relações, é preciso conhecer bem a ortografia oficial da língua portuguesa.

 

É importante lembrar que não escrevemos exatamente como falamos.

Observe a lista de palavras a seguir. Na coluna da esquerda, temos a forma como escrevemos e na coluna da direita, temos a forma como falamos (a transcrição fonética das palavras).

 O número de letras nem sempre é igual ao número de sons ou fonemas.

Por exemplo: quantas letras e quantos sons temos na palavra “hoje”?

 

*HOJE = 4 letras  

*/o/ /Ʒ/ /e/ = 3 sons

Observe a lista anterior e veja que o mesmo acontece com as palavras “chato” (5 letras e quatro sons) e “carro” (5 letras e quatro sons).

VOGAIS E CONSOANTES

Vogais e consoantes não são letras. Vogais e consoantes são sons ou fonemas.



Os sons da nossa fala originam-se de uma corrente de ar vinda dos pulmões. Essa corrente penetra na traquéia (uma espécie de tubo) e atravessa a glote, que é a abertura que fica entre as nossas cordas vocais. Dali, o ar vai para a boca e o som é emitido. Nesse caminho das cordas vocais até a boca, o ar pode encontrar ou não um obstáculo para sua saída. E é aí que está a diferença entre vogais e consoantes.

VOGAIS: O ar passa livremente pela cavidade bucal (boca). Em Português não há sílaba sem vogal. Portanto, a vogal é a base da sílaba, havendo apenas uma vogal em cada sílaba. Em nossa língua temos 7 vogais orais ( /a/, /ê/, /é/, /i/, /ô/, /ó/, /u/ ) e 5 vogais nasais (/ã/, //, /ĩ/, /õ/, /ũ/ ).

CONSOANTES: O ar encontra algum obstáculo antes de sair da cavidade bucal (dentes, lábios, céu da boca). Consoante é o som que forma sílaba sempre junto a uma vogal. Sozinha, uma consoante não forma sílaba.

QUESTÕES

2.De acordo com o texto 2, quais são as diferenças entre letras e sons?

3.De acordo com o texto 2, o que são vogais? E quantas vogais temos na nossa língua?

4.De acordo com o texto 2, o que são consoantes?

 

PARTE 3: ORTOGRAFIA

Como você aprendeu, fonema não é a mesma coisa que letra. Um mesmo fonema pode ser escrito com letras diferentes. Para você entender melhor do que estamos falando, vamos à escrita!

 

QUESTÕES

5. O fonema é /s/ (um assim, de assobio: ssssss). Mas as letras que escrevem esse som podem ser: S, SS, C, Ç, SC, X OU XC!

Assim sendo, complete as palavras abaixo com as letras certas.

 

1.  CRIAN__A

2.  ADOLE___ENTE

3.  FAL___O

4.  DIFÍ__IL

5.  FÁ___IL

6.  A__ÚCAR

7.  CRE__ER

8.  TE__TO

9.  PI___INA

10.__EDO

   11. NA__IMENTO

  12. DE__ER

  13. CONHE__IMENTO

  14. PA__ARINHO

  15._O__EGO

  16. A___A___Ino

  17. DEZE__TE

 18. SE__ENTA

 19. E___ELENTE

 20.CON___IÊN__IA 


6. R OU RR?

Na escrita, em que situação usamos RR (dois erres)? Dê vários exemplos.

7.S OU SS?

Na escrita, em que situação usamos SS? Dê vários exemplos.

 




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