A
CRISE DO FEUDALISMO
Olá
Galera,
Observem
a imagem que escolhemos para ilustrar essa página. É uma foto aérea da cidade
de Carcassone, na França. Carcassone é uma cidade francesa que surgiu no
contexto das grandes transformações que estudamos recentemente. Essas transformações
que sacudiram a Europa no final da baixa idade média foram responsáveis pela
crise do modelo em vigor na Europa, o sistema feudal.
EUROPA MEDIEVAL EM CRISE
As inovações tecnológicas
e as mudanças nas relações de trabalho servis impactaram a economia com o
aumento da produção agrícola e, consequentemente, da população europeia.
Com uma maior
disponibilidade de excedentes, produtos agrícolas e pecuários desnecessários
para o consumo interno das aldeias e castelos feudais, o comércio ressurge com
força dando novo vigor as antigas feiras medievais e promovendo o surgimento de
novas feiras. Isso obriga a sociedade europeia a investir e criar novas rotas internacionais
de comércio.
No entorno das feiras
se verá surgirem espaços organizados pelos comerciantes instalados, os burgos. Com
o tempo, esses comerciantes formarão uma nova categoria social, a burguesia.
É nesse contexto que
surgem rotas marítimas internacionais que, articuladas as rotas terrestres
locais, darão um novo impulso ao comércio ao norte e a sul da Europa. No Norte,
as rotas passarão pelo mar do norte e pelo báltico e serão controladas pela
liga hanseática, uma poderosa associação de comerciantes e produtores sediados
em Hamburgo e Lubeck na Alemanha.
Ao Sul, essas rotas
passarão, principalmente, pelo Mar Mediterrâneo. É nessa época que cidades como
Barcelona (Espanha) Gênova e Veneza (Itália) e Constantinopla (atual Istambul,
na Turquia) se tornaram os centros comerciais do mundo.
Com o crescimento do
comércio e das cidades surgem as feiras, que organizavam os comerciantes e
potencializam as trocas de mercadorias; e as corporações de ofício, que
unificam os artesãos em associações que preservam os seus interesses
regulamentando o exercício da profissão e controlando a qualidade e o preço dos
serviços oferecidos.
O cotidiano das
cidades se dinamiza e elas se tornam espaços de convívio e lazer. Longe do
autoritarismo dos senhores feudais, as festas populares adquirem uma liberdade
maior onde as pessoas podem rir e se divertir, o que impacta a qualidade vida
das cidades medievais. Com o tempo, as cidades compram a sua liberdade e se
tornam autônomas. É o que podemos observar em um antigo ditado alemão que diz
que “o ar das cidades torna o homem livre”.
Para piorar a
situação da nobreza e do clero, a igreja católica patrocina a “guerra santa”
contra os muçulmanos. Milhares de pessoas saem em luta contra os muçulmanos sediados
na Europa e em peregrinação à “terra Santa” (Jerusalém). As cruzadas empobrecem
os nobres e ampliam o comércio fortalecendo, ainda mais, a burguesia, a nova
classe social emergente.
Esse quadro se
arrastará até o final do século XIV que, impactado pela fome, a guerra e a
peste, produzirá uma grave crise que porá fim ao capitalismo. Ironicamente, a
profecia milenarista da época sugeria a chegada de 4 (quatro) cavaleiros
anunciando o “fim do mundo”, os cavaleiros do apocalipse.
A situação já não era
boa quando a Europa foi assolada por uma epidemia de peste bubônica. As cidades
precárias, impactadas pelo crescimento demográfico extraordinário dos anos
anteriores, e sem mínimas condições de higiene e saneamento básico, foram
assoladas pela doença que dizimou um terço da população europeia.
A epidemia, as longas
guerras e o aumento das rebeliões populares contra os senhores locais geraram
uma queda da produção agropecuária e, por consequência, o crescimento da fome
nas sociedades europeias.
Mas, como nada pode
estar tão ruim que não possa piorar, como diz a velha “lei de Murphy” (a “Lei
de Murphy” é uma lei informal e universal que, em tom de humor, fala da
probabilidade e capacidade que as coisas têm de dar errado. Ela recebeu esse
nome por causa de uma frase dita em 1949 por Edward Murphy, um engenheiro estadunidense),
o conflito histórico entre a França e a Inglaterra descambou em uma guerra
aberta que durou, entre pausas e interrupções, mais de 100 anos.
Estava completo o
ciclo para a ação da morte, o quarto cavaleiro do apocalipse que, junto com a
fome, a peste e a guerra, trarão o “fim do mundo”, esperado há 500 anos. O mundo,
como sabemos, não acabou no século XIV. Já do mundo medieval depois dos golpes
da crise dos séculos XIV e XV não se pode dizer o mesmo.
FORMULÁRIO DE QUESTÕES
Agora que você já leu o texto-síntese que preparamos, vamos testar os seus conhecimentos sobre esse tema resolvendo a atividade 7. Clique no link (abaixo) e responda o formulário Online:
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