ATIVIDADE 14: MITOLOGIA GREGA

OLÁ GALERA,

Na atividade anterior sobre o Egito, iniciamos uma reflexão sobre uma outra civilização que teve papel fundamental na divulgação da cultura egípcia, os gregos. Observamos que a mitologia grega se fundiu, em certo sentido, à Egípcia no período do domínio macedônico, o que ficou gravado nas inscrições da Pedra de Roseta.

Dando continuidade à reflexão, pretendemos conhecer um pouco mais a Grécia antiga e daremos um pontapé inicial nesse tema investigando mais a fundo a mitologia grega. A mitologia grega está presente em diversos textos, obras de arte, e objetos e vestígios da cultura material dos povos.

Nesse sentido, propomos aqui 2 (duas) diferentes fontes de pesquisa: uma série de animação disponível na Netflix chamada “Sangue de Zeus”; e um programa sobre os “Deuses da Mitologia Grega” do blog Nerdologia. Apesar do programa ter um caráter publicitário por que foi patrocinado pela franquia responsável por um game à venda, ele é bastante didático para uma compreensão inicial sobre o tema. 

METODOLOGIA  

A proposta dessa atividade consiste no seguinte passo-a-passo:

1.       Ler a resenha crítica que produzimos para esse blog sobre a série de animação “Sangue de Zeus” e assistir a animação correspondente ao episódio 1 da série (se possível);

2.      Ler a sinopse do vídeo sobre os deuses da mitologia grega do nerdologia e assistir o vídeo em questão;

3.      Responder ao Formulário de Questões de História (Google Forms). 


 

ZEUS NOS PROTEJA! (RESENHA CRÍTICA DA SÉRIE “SANGUE DE ZEUS”) 

Sangue de Zeus é uma série de animação da Netflix baseada na mitologia grega. A primeira temporada é uma composição de 8 (oito) episódios que gira em torno de um jovem personagem – Heron, que vive numa aldeia isolada à margem da cidade com sua mãe (uma rainha, que vive em segredo nos arredores da cidade, deposta pelo cunhado após a morte do rei)

A trama sugere que essa pequena família de camponeses pobres é marginalizada devido à condição de mãe “solteira” ou “abandonada” pelo marido da mulher. A cidade é, para mãe e filho, lugar de passagem e pequenos negócios. A animação mostra que, nas cidades gregas antigas, nem todos os que viviam por ali eram, efetivamente, cidadãos.

A cidade é invadida por “demônios”, monstros que abduzem os seres humanos e se escondem em seus corpos. Os cidadãos são alertados e protegidos por um grupo de “guardiões” (provavelmente soldados do templo que se vê na animação, em forma de uma acrópole que lembra o Parthenon de Atenas)   

A cidade é murada, com edificações compostas por colunas de pedra (com um estilo bastante peculiar que vemos nas ilustrações de ruínas da Grécia antiga), e possui uma praça, a ágora (com um obelisco e barracas de comerciantes) e uma fonte de água no centro. Em outro plano, mais aberto, é possível observar a cidade vista de um morro onde se vê o que parece ser um aqueduto.

O cenário é uma perfeita descrição de uma pólis, a cidade-Estado grega. As Pólis eram comunidades autônomas e autossuficientes, independentes entre si, formadas por pequenos agricultores, pescadores e guerreiros. O centro da vida da pólis era a praça onde ocorria o comércio local e os debates públicos.

A geografia da Grécia favoreceu esse isolamento. Espremidos entre as montanhas, de um lado; e o mar mediterrâneo, formaram-se diferentes núcleos urbanos ao longo de um período histórico marcado por diversas migrações e êxodos. Em comum, apenas a geografia, a língua e a cultura recheada de mitos e saberes tradicionais.

Numa das sequências, o jovem Heron tenta vender carvão ou algum outro tipo de minério no mercado. Em outra, ele sobe à montanha em busca de um minério raro para forjar sua espada. Na Grécia antiga, a metalurgia do ferro teria papel fundamental na formação das cidades e na produção de armas e utensílios para a guerra.

Mas o esforço do jovem Heron para entender as agruras do seu cotidiano, e as mazelas, aparentemente sem explicação, da natureza e da sociedade, darão origem ao mito. Ora, se a função primordial do mito é explicar a realidade em que se vive, nada melhor que uma boa história, contada de pai para filho, e mais tarde, registrada pelos poetas gregos (Homero e Hesíodo) para desvendar o mistério.

É nesse contexto, que deuses, semideuses, titãs, gigantes e heróis entram em cena. Humanos e deuses, movidos por paixões e razões nem sempre esclarecidas, tecem o cotidiano de incertezas e escolhas da vida.

É por essas e outras, que entre deuses e demônios, o fascinante mundo da mitologia grega continua a alimentar nossos mais profundos segredos, desejos e sonhos... e, com certeza, alguns pesadelos... Que o sangue de Zeus nos proteja!

 São José do Rio Preto, 20 de julho de 2021

Celso Aparecido de Cerqueira Barreiro, Historiador.

SANGUE DE ZEUS


MITOLOGIA GREGA

O blog nerdologia propõe uma reflexão bem interessante de alguns aspectos da mitologia. Leia nossa sinopse e depois veja o vídeo. Não é preciso copiar ou memorizar esse material. Ele ficará disponível para você consultar quando achar necessário.

Quando falamos em mitologia grega é preciso distinguir religião, como a conhecemos em nossos dias, do que era chamado de religião no mundo grego. Ora, as grandes matrizes religiosas existentes em nossa sociedade são produto das chamadas religiões marcadas pelo monoteísmo ético.

Ou seja, a crença de que existe um único Deus Perfeito (como Jesus, para os cristãos; Allah para os muçulmanos, ou Javé, para os judeus), e que as nossas ações são observadas (para o bem ou para o mal) por esse Deus superior.

Os gregos antigos não viam desse modo. Em primeiro lugar, eles eram politeístas. Isso significa que eles acreditavam na existência de vários deuses: Zeus, Poseidon, Ares, Hefesto, Hera, Hermes, Apolo, Atena, Afrodite, e por aí vai...

Além disso, os deuses gregos eram tão humanos como nós: sentiam raiva, inveja, ciúme, ganância... Nada que se confunda com as atitudes superiores e adequadas de “Deus!”. Em outras palavras, os deuses gregos tem atributos humanos, portanto, também erram... como nós!

Um dos mitos mais recorrentes das religiões são os mitos cosmogônicos, aqueles mitos que explicam a origem do mundo, uma das perguntas mais desafiadoras que o homem se faz desde sempre.

Na mitologia grega, como na bíblica, tudo começa com o caos. Mas, se para os cristões e judeus, deus vem para por ordem no caos, não é bem assim na mitologia grega. Do caos surge uma divisão em 6 (seis) deuses primordiais; gaia (a terra), tártaro (o abismo), eros (amor), érebo (as trevas) e nyx (a noite). Já deu para perceber a confusão? O abismo não está na terra, as trevas não fazem parte da noite e o amor, é uma realidade à parte!

Gaia, por sua vez, deu origem à urano (para ser o seu igual, o céu), ponto (mar) e óreas (montanhas) Gaia manda cronos (uma das dimensões do tempo) castrar o pai e governar a terra junto com sua irmã, reia.

Cronos e Reia tiveram 6 (seis) filhos: Hera, Deméter, Héstia, Hades, Poseidon e Zeus. Com o nascimento de Zeus, sua mãe o escondeu já que Cronos devorava seus filhos (tema da Tela do espanhol Francisco Goya)

Zeus envenenou o pai, o que o fez vomitar de volta os seus irmãos devorados. Foi o início da Titanomaquia, uma guerra entre os deuses (que viviam no Monte Olimpo) e os titãs (que viviam no Monte Ótris) que durou 10 (dez) anos.

Os deuses venceram a guerra e aprisionaram os titãs no tártaro. Essas divindades que triunfaram são as que associamos aos gregos, daí o nome de deuses olímpicos. Vencida a guerra Zeus, Poseidon e Hades precisavam decidir quem governaria o mundo. A decisão se deu por sorteio. Zeus ganhou o sorteio e escolheu o ar podendo intervir do alto do Olimpo com raios e trovões. Poseidon, o segundo, governaria as águas e criaturas abaixo de sua superfície.

É possível que a figura de Zeus esteja associada ao continente, onde se desenvolveu a cultura micênica; e Poseidon à Ilha de Creta, onde se desenvolveu a civilização minóica. Isso explicaria o intercambio cultural e comercial dos habitantes da ilha e do continente.

Hades ficaria com o governo do mundo inferior e o reino dos mortos para onde as pessoas iriam depois da morte. É importante saber que Hades é o nome da divindade e não do lugar. Como Hades era considerado sinal de mau agouro não há muitas representações dele na Grécia.

É interessante observar que nenhum desses deuses governaria a terra que pertencia à Gaia. A deusa Héstia era considerada a deusa do lar e da família. Não por acaso ela era muitas vezes retratada por uma lareira.

Demeter era a deusa da colheita e da agricultura, normalmente representada por uma espiga de trigo. Ela era protetora das mulheres, símbolo da fertilidade. Mas, a deusa do casamento era Hera.

O panteão de deuses gregos mais comuns da nova geração é composto por 12 (doze) deuses, dentre eles temos: Atena é a deusa da sabedoria e da estratégia; Apolo representava a beleza masculina, o sol, a luz, a verdade, por isso o templo de Delfos era dedicado a ele; Ártemis é a deusa da caça e dos animais selvagens; Ares é o deus da guerra e da coragem, mas diferente de Atena que utiliza a estratégia, ele personifica a bravura individual; Afrodite é a deusa do amor e da beleza; Hefestos é o deus do fogo, da metalurgia e dos vulcões; Hermes é o mensageiro dos deuses, protetor dos viajantes, mercadores e dos ladrões e Dionísio era o deus do vinho, da festa, do teatro e da loucura.

Os deuses gregos possuem nomes diferentes na mitologia romano, muito usados para designar corpos celestiais, como Júpiter, Vênus e Mercúrio. A mitologia romana não é uma cópia, mas uma adaptação da mitologia grega.

DEUSES GREGOS

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