OLÁ
GALERA,
Na
atividade anterior sobre o Egito, iniciamos uma reflexão sobre uma outra
civilização que teve papel fundamental na divulgação da cultura egípcia, os
gregos. Observamos que a mitologia grega se fundiu, em certo sentido, à Egípcia
no período do domínio macedônico, o que ficou gravado nas inscrições da Pedra
de Roseta.
Dando continuidade à reflexão, pretendemos
conhecer um pouco mais a Grécia antiga e daremos um pontapé inicial nesse tema
investigando mais a fundo a mitologia grega. A mitologia grega
está presente em diversos textos, obras de arte, e objetos e vestígios da
cultura material dos povos.
Nesse sentido, propomos aqui 2 (duas) diferentes fontes de pesquisa: uma série de animação disponível na Netflix chamada “Sangue de Zeus”; e um programa sobre os “Deuses da Mitologia Grega” do blog Nerdologia. Apesar do programa ter um caráter publicitário por que foi patrocinado pela franquia responsável por um game à venda, ele é bastante didático para uma compreensão inicial sobre o tema.
METODOLOGIA
A proposta dessa atividade consiste no
seguinte passo-a-passo:
1.
Ler a
resenha crítica que produzimos para esse blog sobre a série de animação “Sangue
de Zeus” e assistir a animação correspondente ao episódio 1 da série (se
possível);
2.
Ler a sinopse
do vídeo sobre os deuses da mitologia grega do nerdologia e assistir o vídeo em
questão;
3. Responder ao Formulário de Questões de História (Google Forms).
ZEUS NOS PROTEJA! (RESENHA CRÍTICA DA SÉRIE “SANGUE DE ZEUS”)
Sangue de Zeus é
uma série de animação da Netflix baseada na mitologia grega. A primeira temporada
é uma composição de 8 (oito) episódios que gira em torno de um jovem personagem
– Heron, que vive numa aldeia isolada à margem da cidade com sua
mãe (uma rainha, que vive em segredo nos arredores da cidade, deposta pelo
cunhado após a morte do rei)
A trama sugere
que essa pequena família de camponeses pobres é marginalizada devido à condição
de mãe “solteira” ou “abandonada” pelo marido da mulher. A cidade é, para mãe e
filho, lugar de passagem e pequenos negócios. A animação mostra que, nas
cidades gregas antigas, nem todos os que viviam por
ali eram, efetivamente, cidadãos.
A cidade é invadida
por “demônios”, monstros que abduzem os seres humanos e se escondem em seus
corpos. Os cidadãos são alertados e protegidos por um grupo de “guardiões”
(provavelmente soldados do templo que se vê na animação, em forma de uma acrópole
que lembra o Parthenon de Atenas)
A cidade é murada,
com edificações compostas por colunas de pedra (com um estilo
bastante peculiar que vemos nas ilustrações de ruínas da Grécia antiga), e
possui uma praça, a ágora (com um obelisco e barracas de
comerciantes) e uma fonte de água no centro. Em outro plano, mais
aberto, é possível observar a cidade vista de um morro onde se vê o que parece
ser um aqueduto.
O cenário é uma perfeita
descrição de uma pólis, a cidade-Estado grega. As Pólis eram comunidades
autônomas e autossuficientes, independentes entre si, formadas por pequenos
agricultores, pescadores e guerreiros. O centro da vida da pólis era a praça
onde ocorria o comércio local e os debates públicos.
A geografia
da Grécia favoreceu esse isolamento. Espremidos entre as montanhas, de um lado;
e o mar mediterrâneo, formaram-se diferentes núcleos urbanos ao
longo de um período histórico marcado por diversas migrações e êxodos.
Em comum, apenas a geografia, a língua e a cultura recheada de
mitos e saberes tradicionais.
Numa das sequências,
o jovem Heron tenta vender carvão ou algum outro tipo de minério no mercado. Em
outra, ele sobe à montanha em busca de um minério raro para
forjar sua espada. Na Grécia antiga, a metalurgia do ferro teria
papel fundamental na formação das cidades e na produção de armas e utensílios
para a guerra.
Mas o esforço do
jovem Heron para entender as agruras do seu cotidiano, e as mazelas,
aparentemente sem explicação, da natureza e da sociedade, darão origem ao
mito. Ora, se a função primordial do mito é explicar a realidade
em que se vive, nada melhor que uma boa história, contada de pai para filho, e
mais tarde, registrada pelos poetas gregos (Homero e
Hesíodo) para desvendar o mistério.
É nesse contexto,
que deuses, semideuses, titãs, gigantes e heróis entram em cena. Humanos e
deuses, movidos por paixões e razões nem sempre esclarecidas, tecem o cotidiano
de incertezas e escolhas da vida.
É por essas e
outras, que entre deuses e demônios, o fascinante mundo da mitologia
grega continua a alimentar nossos mais profundos segredos, desejos e sonhos...
e, com certeza, alguns pesadelos... Que o sangue de Zeus nos proteja!
Celso
Aparecido de Cerqueira Barreiro, Historiador.
MITOLOGIA
GREGA
O blog
nerdologia propõe uma reflexão bem interessante de alguns aspectos da
mitologia. Leia nossa sinopse e depois veja o vídeo. Não é preciso copiar ou
memorizar esse material. Ele ficará disponível para você consultar quando achar
necessário.
Quando falamos
em mitologia grega é preciso distinguir religião, como a conhecemos em nossos dias,
do que era chamado de religião no mundo grego. Ora, as grandes matrizes
religiosas existentes em nossa sociedade são produto das chamadas religiões marcadas
pelo monoteísmo ético.
Ou seja, a crença
de que existe um único Deus Perfeito (como Jesus, para os
cristãos; Allah para os muçulmanos, ou Javé, para os judeus), e
que as nossas ações são observadas (para o bem ou para o mal) por
esse Deus superior.
Os gregos antigos
não viam desse modo. Em primeiro lugar, eles eram politeístas. Isso
significa que eles acreditavam na existência de vários deuses: Zeus,
Poseidon, Ares, Hefesto, Hera, Hermes, Apolo, Atena, Afrodite, e por aí vai...
Além disso, os
deuses gregos eram tão humanos como nós: sentiam raiva, inveja,
ciúme, ganância... Nada que se confunda com as atitudes superiores e adequadas
de “Deus!”. Em outras palavras, os deuses gregos tem atributos
humanos, portanto, também erram... como nós!
Um dos mitos
mais recorrentes das religiões são os mitos cosmogônicos, aqueles
mitos que explicam a origem do mundo, uma das perguntas mais desafiadoras
que o homem se faz desde sempre.
Na mitologia
grega, como na bíblica, tudo começa com o caos. Mas, se para os
cristões e judeus, deus vem para por ordem no caos, não é bem assim na mitologia
grega. Do caos surge uma divisão em 6 (seis) deuses primordiais; gaia (a
terra), tártaro (o abismo), eros (amor), érebo
(as trevas) e nyx (a noite). Já deu para perceber a confusão? O abismo
não está na terra, as trevas não fazem parte da noite e o amor, é uma realidade
à parte!
Gaia, por sua vez,
deu origem à urano (para ser o seu igual, o céu), ponto (mar) e óreas (montanhas)
Gaia manda cronos (uma das dimensões do tempo) castrar o pai e
governar a terra junto com sua irmã, reia.
Cronos e Reia
tiveram 6 (seis) filhos: Hera, Deméter, Héstia, Hades, Poseidon e Zeus.
Com o nascimento de Zeus, sua mãe o escondeu já que Cronos devorava seus filhos
(tema da Tela do espanhol Francisco Goya)
Zeus envenenou o
pai, o que o fez vomitar de volta os seus irmãos devorados. Foi o início da Titanomaquia,
uma guerra entre os deuses (que viviam no Monte Olimpo) e os
titãs (que viviam no Monte Ótris) que durou 10 (dez) anos.
Os deuses
venceram a guerra e aprisionaram os titãs no tártaro. Essas divindades que
triunfaram são as que associamos aos gregos, daí o nome de deuses olímpicos. Vencida
a guerra Zeus, Poseidon e Hades precisavam decidir quem governaria o mundo. A decisão
se deu por sorteio. Zeus ganhou o sorteio e escolheu o ar podendo intervir do
alto do Olimpo com raios e trovões. Poseidon, o segundo, governaria as águas e
criaturas abaixo de sua superfície.
É possível que a
figura de Zeus esteja associada ao continente, onde se desenvolveu a cultura
micênica; e Poseidon à Ilha de Creta, onde se desenvolveu a civilização
minóica. Isso explicaria o intercambio cultural e comercial dos habitantes da
ilha e do continente.
Hades ficaria
com o governo do mundo inferior e o reino dos mortos para onde as pessoas iriam
depois da morte. É importante saber que Hades é o nome da divindade e não do
lugar. Como Hades era considerado sinal de mau agouro não há muitas
representações dele na Grécia.
É interessante
observar que nenhum desses deuses governaria a terra que pertencia à Gaia. A
deusa Héstia era considerada a deusa do lar e da família. Não por acaso ela era
muitas vezes retratada por uma lareira.
Demeter era a
deusa da colheita e da agricultura, normalmente representada por uma espiga de
trigo. Ela era protetora das mulheres, símbolo da fertilidade. Mas, a deusa do
casamento era Hera.
O panteão de
deuses gregos mais comuns da nova geração é composto por 12 (doze) deuses,
dentre eles temos: Atena é a deusa da sabedoria e da estratégia; Apolo
representava a beleza masculina, o sol, a luz, a verdade, por isso o templo de Delfos
era dedicado a ele; Ártemis é a deusa da caça e dos animais
selvagens; Ares é o deus da guerra e da coragem, mas diferente de
Atena que utiliza a estratégia, ele personifica a bravura individual; Afrodite
é a deusa do amor e da beleza; Hefestos é o deus do fogo, da
metalurgia e dos vulcões; Hermes é o mensageiro dos deuses,
protetor dos viajantes, mercadores e dos ladrões e Dionísio era o
deus do vinho, da festa, do teatro e da loucura.
Os deuses gregos
possuem nomes diferentes na mitologia romano, muito usados para designar corpos
celestiais, como Júpiter, Vênus e Mercúrio. A mitologia
romana não é uma cópia, mas uma adaptação da mitologia grega.
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