OLÁ
GALERA,
Como todos sabem, fizemos um longo percurso
pela História Republicana do Brasil desde a Proclamação da República em 1889 até
a promulgação da Nova Constituição, a Constituição Cidadã, em 1988. São 100
(cem) anos de um ciclo que se encerrará com a eleição de Fernando Collor, o
primeiro presidente eleito do Brasil após o fim da Ditadura Militar.
Nessa atividade pretendemos fazer uma pausa
antes de dar continuidade ao nosso processo de Ensino-Aprendizagem de História.
Nossa proposta é propor uma revisão histórica por meio da investigação da vida
e obra de um dos personagens históricos mais emblemáticos do País: Luiz Carlos
Prestes (O “Velho”).
A História de Luiz Carlos Prestes parece se
confundir com a própria História do Brasil. Nascida em 1898, nove anos depois da
Proclamação da República, viveu e acompanhou a trajetória da República
brasileira até 1989, ano de sua morte, aos 91 anos de idade.
Para percorrermos esse “Fio de Ariadne” a
que nos propomos, sugiro o seguinte encaminhamento:
1. Leia a sinopse (abaixo) e assista a aula de Breno Altman, jornalista do canal Opera Múndi: “Quem foi Luiz Carlos Prestes?”;
2.
Assista
ao documentário “O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes”;
3.
Responda
o Formulário de questões de História (Google Forms).
QUEM FOI LUIZ CARLOS PRESTES?
Breno Altman chama atenção para o fato que,
ao longo dos últimos 100 (cem) anos, o Brasil produziu 3 (três) grandes
lideranças de esquerda no Brasil: Luiz Carlos Prestes, Leonel Brizola e Lula.
Pessoalmente, devido ao seu papel histórico fundamental na instituição da Nova República
em 1988, eu acrescentaria um 4º (quarto) nome à lista: Ulisses Guimarães.
O primeiro grande passo de Prestes em sua
trajetória foi sua participação no Tenentismo, um movimento que
mobilizou as categorias de base do oficialato brasileiro entre os anos 1920 e
1935. Prestes cumpriu uma carreira exemplar como militar na academia.
O segundo movimento que trouxe notoriedade
à Prestes foi a liderança de uma marcha que se desenvolveu entre 1922 e 1927, a
Coluna Prestes. A Coluna Prestes dinamitaria as bases da
República Velha pelo interior do país e abriria caminho às críticas que
pavimentariam as bases sociais da Revolução de Vargas em 1930.
Com o final da coluna Prestes, ele inicia
um processo de formação de base marxista. Prestes é integrado à
direção do Partido Comunista Russo em Moscou e se torna uma liderança
reconhecida pela Internacional comunista.
Prestes filou-se, mais tarde, ao emergente partido
comunista (nascido em 1922) e em funcionamento na clandestinidade.
Prestes será um dos principais líderes da Rebelião Militar de 1935 em Natal
(RN). A Revolta não possuía caráter popular e se traduzia como uma terceira
onda do tenentismo “quartelada”.
Prestes casou-se com Olga Benário,
em circunstancias bastante estranhas e contraditórias, durante seu retorno à
América num navio. A prisão de Prestes e Olga terminaria com um triste
desfecho. Getúlio Vargas entregaria Olga Às forças de repressão nazista na
Alemanha onde ela seria executada numa câmara de gás de um campo de
concentração nazista em 1944.
Prestes saiu da prisão em 1945 e foi eleito
Senador, mandato cumprido até 1947, dois anos antes da extinção de
seu partido e da cassação de seu curto mandato. Com a instalação da Ditadura
Militar em 1964, Prestes será um dos primeiros líderes cassados pelo
regime.
Entre 1964 e 1971, Prestes permaneceria no Brasil
na clandestinidade. Em 1971, ele vai para o exílio na Rússia onde permanecerá
até a aprovação da Lei de Anistia. Em 1979, Prestes retorna ao Brasil com
fortes críticas à direção do Partido Comunista Brasileiro. Para Prestes, o PCB
teria feito uma leitura equivocada do papel da burguesia brasileira.
Prestes entre 1980 e 1990 já não estaria
integrado à estrutura partidária, embora tenha se filiado ao PDT nos últimos
anos. Prestes estava filiado simbolicamente ao PDT por meio da intervenção de Brizola.
Ele dedica seus últimos anos da vida à família e às críticas ao processo da
Revolução brasileira.
Prestes participaria das grandes mobilizações democráticas do país e, já no final de sua vida, da campanha eleitoral de Lula à presidência. Seu último grande ato foi participar de um dos comícios de Lula na eleição contra Collor em 1989. Ele testemunharia o colapso do socialismo com a queda do muro de Berlim e faleceria alguns anos antes do fim da ex-URSS.
O VELHO - A HISTÓRIA DE LUIZ CARLOS PRESTES
Conheça o documentário “O Velho” que narra a
vida do grande tenentista e líder do Partido Comunista do Brasil, uma das
principais personalidades da política brasileira do século XX. O documentário
foi produzido em 1997 e possui diversas imagens, reportagens, depoimentos com o próprio personagem e documentos de
época.
O VELHO - A HISTÓRIA DE LUIZ CARLOS PRESTES
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