Atividade 1: “Ta rindo de quê”
Apresentação do gênero textual: Conto de Humor;
Leitura do conto: A velha contrabandista – Stanislaw Ponte Preta;
Respostas do questionário;
Meme Evaristo Costa.
Conto de Humor
O conto é uma narrativa breve, escrita em prosa, e que, embora tenha os mesmos elementos de um romance ou uma novela – enredo, personagem, tempo e espaço – é mais curta e apresenta ideias concisas e precisas. Os contos de humor, especificamente, utilizam as características do que é considerado divertido e cômico para a estruturação de sua narrativa e constroem o humor por meio de mecanismos linguísticos, figuras de linguagem, quebra de expectativa e conhecimentos de mundo que são mobilizados na interação entre autor, texto e leitor.
Leia abaixo o conto: A velha contrabandista – autor: Stanislaw Ponte Preta.
A Velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
-
Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça
que a senhora é contrabandista.
-
Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a
lambreta, quando o fiscal propôs:
-
Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer:
qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os
dias?
- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
Questionário de Interpretação do Conto: A velha contrabandista.
Atenção: Se você tem acesso à internet responda ao questionário pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScTnJFcZFJOiJJfde_YsUGAwLhrbvLdPe9g1TYjobTh6EJIoA/viewform?usp=sf_link
Caso não tenha acesso à internet, responda as perguntas abaixo em seu caderno e guarde-as para serem corrigidas quando as aulas retornarem presencialmente.
O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?
Onde os fatos ocorrem?
O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?
Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda: Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?
Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
Quando a velhinha decidiu contar a verdade?
Cite dois adjetivos que você daria para a velhinha:
No trecho: “O senhor promete que não espaia”, que tipo de linguagem é utilizada: formal ou informal?
Qual é a grande surpresa da história?
Numere corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.
( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no bagageiro.
( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.
( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe dissesse qual era o contrabando que fazia.
Para sorrir mais:
Este meme surgiu de uma piada feita pelo apresentador do Jornal Hoje, o jornalista Evaristo Costa: <https://www.youtube.com/watch?v=xA8vOU5baoc>).
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