Educação financeira: a gente precisa falar desse assunto
Texto produzido por Aureliano, Giovana, Lauane, Nathiely, Rafael e Rebeca (alunos do 6º ano A)
A pandemia de coronavírus só fez piorar a
situação financeira dos brasileiros. Basta fazermos uma rápida pesquisa no
Google para termos certeza de algo que já imaginávamos: boa parte das famílias
brasileiras estão endividadas. Essa situação parece lógica, pois muitas pessoas
perderam seus empregos por causa da covid-19. Mas não é tão simples assim. Muitas
pessoas poderiam estar em uma situação melhor se tivessem se preparado para
isso. É aí que entra em cena o assunto dessa matéria feita por alunos do sexto
ano com orientações dos professores Luis Libório e Andrea Fusco.
Falar de educação financeira não é simplesmente
falar de contas a pagar. É falar de como você usa seus recursos financeiros no
dia a dia. É fazer as pessoas debaterem e refletirem sobre questões importantes
como consumo, dinheiro, trabalho e planejamento financeiro. E se isso parecer
assunto de adulto para você, é melhor rever seus conceitos, pois quanto mais
cedo se começa a pensar em dinheiro, menos de sofre com a falta dele. A Base
Nacional Comum (BNCC) reconheceu a necessidade de se falar desse assunto e colocou
a educação financeira como tema a ser tratado nas escolas a partir deste ano e
esse assunto vai além dos cálculos matemáticos.
Não podemos nos esquecer de que os nossos
recursos financeiros, o nosso dinheiro, vêm da força de trabalho dos nossos
familiares. Precisamos
entender melhor quais gastos são necessários e desnecessários
para uma família, pensar melhor no que fazer com o dinheiro (principalmente se
ele for curto), como e porque guardar/economizar, relacionar preços e trabalho,
fugir do consumismo incentivado pelas propagandas e pelas redes sociais.
Para Aparecida, motorista de aplicativo, 51 anos, 4 filhas, falar de educação financeira com os filhos é muito importante. “Sim, é importante porque tem que falar, tem que orientar, tem que saber como a vida é, tem que saber como a gente tem que gastar para não fazer besteira no futuro.”
“Sim, mas a partir de uma certa idade, quando eles têm que aprender a ter responsabilidade para a vida”.
Para conhecer um pouco do perfil de consumo dos
alunos da E.M. Luiz Jacob, elaboramos uma pesquisa rápida com 5 questões. O
objetivo dessa rápida pesquisa é analisar ideias sobre consumo, comportamento e
convivência familiar entre os alunos da escola.
100 alunos
responderam ao questionário enviado pelo Google Forms entre os dias 03
e 16 de novembro. A pesquisa contou com 5 perguntas básicas:
1. Gastos necessários são aqueles que necessitamos para viver
em sociedade. Quais gastos são necessários para você?
2. Qual
seu principal desejo de consumo?
3. Como
você lida com o “não” que você recebe dos seus pais quando você pede alguma
coisa e não é atendido?
4. Quantas
vezes por mês você come fora?
5. Quando
sai para comer fora, costuma ir com a família, sozinho ou com amigos?
O que os dados nos mostraram?
Entre
os gastos considerados necessários, destacam-se: água, moradia, luz,
supermercado e internet, respectivamente, com as seguintes porcentagens: 85%,
82%, 80%, 79% e 74%.
Além
destes, também se destacaram, porém com menos votos, 56% para transporte e 39%
para lazer.
Sobre
o principal desejo de consumo, com 30%, o maior destaque foi o smartphone. Outros
desejos também tiveram alguns votos, sendo 22,3% para roupas, 13,8% para
notebook e 12,8% tanto para produtos estéticos e maquiagem quanto para lanches,
pizzas e alimentos.
De acordo com a pesquisa 66,7% dos entrevistados
compreendem sem problemas um “não” que recebem dos pais quando pedem alguma
coisa para eles. Mas 15,6% disseram que insistem até conseguir o que querem e
12,5% ficam deprimidos com um “não” recebido dos pais.
Quando
o assunto é comer fora, os resultados foram os seguintes: 64,8% saem para comer
com a família; 15,6% comem com a família e com os amigos e 8,3% saem para comer
apenas com os amigos. A pesquisa também mostra quantas vezes as pessoas comem
fora de casa: 36,5% dos entrevistados costumam comer fora 1 ou 2 vezes na
semana e 10,4% de 3 a 4 vezes na semana. Entretanto, 50,0% não costuma sair
para comer fora.
Um jeito fácil de poupar
Clique no vídeo para ver a dica que o Aureliano tem para
você!
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