segunda-feira, 15 de novembro de 2021

DIA MUNDIAL DA TOLERÂNCIA

 

Em 16 de novembro de 1995, era publicada a Declaração Universal sobre os princípios da TOLERÂNCIA. Não era uma data aleatória. Naquele ano de 1995, o mundo relembraria os 50 anos da mais cruel e sangrenta guerra que a humanidade havia visto em sua História: A Segunda Guerra Mundial.

A Segunda Grande Guerra havia deixado um saldo de 55 milhões de mortos, 35 milhões de feridos e 190 milhões de refugiados. Além disso, a economia de países inteiros estava em frangalhos e entre 6 e 9 de agosto, duas bombas atômicos haviam arrasado Hiroshima e Nagasaki no Japão. Pouco mais de 3 (três) anos depois do final do conflito, a assembleia geral das Nações Unidas aprovaria, por maioria absoluta de seus Estados-membros, em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A mais importante consequência dessa aprovação foi a mudança substancial em diversas constituições dos países-membros incorporando princípios e direitos da Declaração universal de 1948. Diversas legislações e instituições de Estado passaram a assumir compromissos e rever sua atuação para dar conta desses objetivos e diretrizes.

Não bastava, contudo, estabelecer novos direitos e deveres por decreto. As sociedades da “grande mãe-terra” precisavam se convencer da necessidade de incorporar novos hábitos em sua vida cotidiana para que a universalidade desses princípios não se transformasse numa bela e mera carta de intenções. Esse é o sentido da Declaração Universal sobre a Tolerância publicada em 16 de novembro de 1995.

Desde então, o dia 16 de novembro passou a ser considerado pela ONU como o Dia Mundial da Tolerância com o objetivo de divulgar e incutir esses novos valores nas novas gerações.

Hoje, diante do crescimento da violência e do ódio, que caracteriza a ação de grupos paramilitares, pessoas intolerantes e Estados de exceção, é mais do que necessário fazer memória da tragédia em que o mundo mergulhou na Segunda Guerra Mundial e cultivar a Tolerância em nossos lares, escolas e cidades.


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE PRINCÍPIOS SOBRE A TOLERÂNCIA

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 16 DE NOVEMBRO DE 1995


A tolerância é o respeito pela diversidade das culturas de nosso mundo, o reconhecimento de nossas diferentes maneiras de ser e de se expressar, a harmonia na diferença!

A tolerância é uma virtude que torna a paz possível. Ela contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de Paz!

A tolerância é, antes de tudo, uma atitude ativa, fundada no reconhecimento dos direitos universais da pessoa humana e das liberdades fundamentais do Outro!

A tolerância deve ser praticada por todos. Sem tolerância não há lugar para os direitos humanos!

Praticar a tolerância não significa tolerar a injustiça social, nem renunciar às próprias convicções ou fazer concessões à intolerância!

A prática da tolerância significa que toda pessoa tem a livre escolha de suas convicções e aceita que o outro desfrute da mesma liberdade. A prática da tolerância significa aceitar o fato de que os seres humanos são diferentes!

Tolerância significa que todos têm o direito de viver em paz e de ser como são. Significa também que ninguém deve impor suas opiniões aos outros. É uma exigência para que todos possam desfrutar das oportunidades da vida sem discriminação!

Os indivíduos e as nações devem respeitar o caráter multicultural da família humana.

Sem tolerância não pode haver paz e sem paz não pode haver desenvolvimento, nem democracia!

A tolerância é mais necessária do que nunca... A intolerância é uma ameaça universal porque não existe uma única parte do mundo que não seja caracterizada pela diversidade!

A educação é o meio mais eficaz de prevenir a intolerância. A educação para a tolerância deve ser prioritária e deve contrariar influências
que levam ao medo e à discriminação.

A educação deve nos ensinar a pensar eticamente:

·       É preciso aprender a ouvir o outro.

·       É preciso aprender a respeitar o diferente.

·       É preciso aprender o diálogo sincero na escola!

·       É preciso ensinar os indivíduos quais são os seus direitos e suas liberdades

·       É preciso proteger o direito e a liberdade!

    É preciso aprender a ser um cidadão solidários e responsável, capaz de apreciar a liberdade e a dignidade de todos os seres humanos e resolver nossos conflitos por meios não violentos e de amar e de ser amados.

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