Atenção
Essa atividade deve ser realizada somente pelos alunos que
encontram-se totalmente inativos na disciplina de Língua
Portuguesa.
O aluno deve responder as perguntas da atividade e enviar por
foto para professora via whatsapp.
Conto de Humor
O conto é uma narrativa breve, escrita em prosa, e que, embora tenha os mesmos elementos de um romance ou uma novela – enredo, personagem, tempo e espaço – é mais curta e apresenta ideias concisas e precisas. Os contos de humor, especificamente, utilizam as características do que é considerado divertido e cômico para a estruturação de sua narrativa e constroem o humor por meio de mecanismos linguísticos, figuras de linguagem, quebra de expectativa e conhecimentos de mundo que são mobilizados na interação entre autor, texto e leitor.
Leia abaixo o conto: A espada – autor: Luis Fernando Veríssimo.
Uma família de classe média alta. Pai, mulher, um filho de sete anos. É a noite do dia em que o filho fez sete anos. A mãe recolhe os detritos da festa. O pai ajuda o filho a guardar os presentes que ganhou dos amigos. Nota que o filho está quieto e sério, mas pensa: “É o cansaço.” Afinal ele passou o dia correndo de um lado para o outro, comendo cachorro-quente e sorvete, brincando com os convidados por dentro e por fora da casa. Tem que estar cansado.
– Quanto presente, hein, filho?
– É.
– E esta espada. Mas que beleza. Esta eu não tinha visto.
– Pai…
– E como pesa! Parece uma espada de verdade. É de metal mesmo. Quem foi que deu?
– Era sobre isso que eu queria falar com você.
O pai estranha a seriedade do filho. Nunca o viu assim. Nunca viu nenhum garoto de sete anos sério assim. Solene assim. Coisa estranha… O filho tira a espada da mão do pai. Diz:
– Pai, eu sou Thunder Boy.
– Thunder Boy?
– Garoto Trovão.
– Muito bem, meu filho. Agora vamos pra cama.
– Espere. Esta espada. Estava escrito. Eu a receberia quando fizesse sete anos.
O pai se controla para não rir. Pelo menos a leitura de história em quadrinhos está ajudando a gramática do guri. “Eu a receberia…” O Guri continua.
– Hoje ela veio. É um sinal. Devo assumir meu destino. A espada passa a um novo Thunder Boy a cada geração. Tem sido assim desde que ela caiu do céu, no vale sagrado de Bem Tael, há sete mil anos, e foi empunhado por Ramil, o primeiro Garoto Trovão.
O pai está impressionado. Não reconhece a voz do filho. E a gravidade do seu olhar. Está decidido. Vai cortar as histórias em quadrinhos por uns tempos.
– Certo, filho. Mas agora vamos…
– Vou ter que sair de casa. Quero que você explique à mamãe. Vai ser duro para ela. Conto com você para apoiá-la. Diga que estava escrito. Era meu destino.
– Nós nunca mais vamos ver você? – pergunta o pai, resolvendo entrar no jogo do filho enquanto o encaminha, sutilmente, para a cama.
– Claro que sim. A espada do Thunder Boy está a serviço do bem e da justiça. Enquanto vocês forem pessoas boas e justas poderão contar com a minha ajuda.
– Ainda bem. – diz o pai.
E não diz mais nada. Porque vê o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz, e gritar para os céus “Ramil!”. E ouve um trovão que faz estremecer a casa. E vê a espada iluminar-se e ficar azul. E o seu filho também.
O pai encontra a mulher na sala. Ela diz:
– Viu só? Trovoada. Vá entender este tempo.
– Quem foi que deu a espada para ele?
– Não foi você? Pensei que tinha sido você.
– Tenho uma coisa pra te contar.
– O que é?
– Senta, primeiro.
Luís Fernando Veríssimo.
Questionário de Interpretação do Conto: A espada.
01 – O humor da crônica consiste em:
a) O pai não saber quem presentou o filho com a espada.
b) O filho conseguir fazer o pai “mergulhar” em sua fantasia.
c) A mãe ter medo de trovoada.
d) O filho saber falar corretamente português aos sete anos.
02 –Observe as afirmativas abaixo, em seguida, marque a alternativa correta sobre elas.
I – Em um dado momento da crônica, o pai procura associar o relato fantasioso do filho ao fato de o menino ler histórias em quadrinhos.
II – O pai considera que a leitura de histórias em quadrinhos contribui para que o filho amplie seus conhecimentos gramaticais.
III – Podemos caracterizar a espada do Thunder Boy como pesada e metálica.
IV – A postura séria e solene apresentada pelo filho, naquela noite, condiz com o comportamento habitual de crianças da sua faixa etária.
V – Segundo a crônica, a espada do Thunder Boy foi confeccionada no Vale Sagrado de Bem Tael.
a) Todas as afirmativas são verdadeiras.
b) Somente aas afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas IV e V são falsas.
d) Somente a afirmativa IV é falsa.
03 – “E não diz mais nada. Porque vê o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz...”. Há entre as orações acima uma respectiva relação de:
a) Fato/consequência.
b) Fato/causa.
c) Fato/solução.
d) Fato/finalidade.
04 – Após a suposta partida do filho, a condição imposta para que os pais possam continuar vendo-o é que eles:
a) Continuem sendo pessoas boas e justas.
b) Não contem a ninguém sobre o Garoto Trovão.
c) Também trabalhem a favor do bem e da justiça.
d) Aceitem o destino escolhido pelos deuses para o seu filho.
05 – Quem são as personagens dessa crônica?
R:
06 – Retire do texto o trecho que possa indicar em que TEMPO e LUGAR ocorreu a história?
R:
07 – O pai identifica dois efeitos diferentes que a leitura de histórias em quadrinhos provocou no filho. Quais são eles?
R:
08 - Se não tivesse trovoado, você acha que a narrativa teria o mesmo desfecho? Por que?
Retomada de conteúdos gramaticais
Faz parte do entendimento global do texto conseguirmos compreender como os elementos da escrita se relacionam entre si. Pensando nisso, precisamos iniciar o entendimento das orações contidas no texto analisando os conceitos de Sujeito e Predicado.
Sujeito e predicado são os termos essenciais da oração. Enquanto o sujeito é aquele ou aquilo de que(m) se fala, o predicado é a informação dada sobre o sujeito.
Uma forma fácil de detectar esses termos nas orações é perguntando quem? e/ou o que?
Exemplo 1:
“Os estudantes organizaram a homenagem”.
Quem organizou a homenagem? Os
estudantes, logo esse é o sujeito da oração.
O
que foi feito? Organizaram a homenagem, logo esse é o
predicado da oração.
Exemplo 2:
O discurso foi modificado.
O que foi modificado? O discurso. É do discurso de que se fala, logo esse é o sujeito da oração.
O que aconteceu? foi modificado. Essa é informação dada sobre algo, logo, esse é o predicado da oração.
Ordem do Sujeito na Oração
A ordem do sujeito na oração nem sempre é a mesma, podendo ocorrer de três maneiras:
Tipos |
Explicação |
Exemplos |
Forma direta |
Quando o sujeito vem antes do predicado. |
Os formandos e os professores empenhados organizaram a festa. |
Ordem inversa |
Quando o sujeito vem depois do predicado. |
Organizaram a festa os formandos e os professores empenhados. |
Meio do predicado |
Quando o sujeito aparece no meio do predicado. |
Rapidamente, os formandos e os professores empenhados organizaram a festa. |
Cada Sujeito e cada Predicado recebe uma classificação, conforme podemos ver no resumo abaixo:
Tipos de Sujeito
Sujeito Simples: com apenas um núcleo. (Ex: Os alunos ficaram sem aula.)
Sujeito Composto: com um ou mais núcleos. (Ex: Os alunos e os professores ficaram sem aula.)
Sujeito Oculto: quando o sujeito não está aparente na oração. (Ex: Fiquei sem saber o que fazer.)
Sujeito Indeterminado: quando não conseguimos determinar quem é o sujeito da oração (Ex: Picharam a escola toda.)
Sujeito Inexistente: ocorre principalmente com orações com fenômenos da natureza. (Ex: Nevou nos Estados Unidos.)
Tipos de Predicado
Predicado Nominal: quando há um verbo de ligação e o núcleo é um nome (substantivo, adjetivo, numeral, etc...) – Ex: A menina é linda.
*Verbos de ligação: ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, viver, virar, tornar-se, achar-se, encontrar-se, fazer-se.
Predicado Verbal: quando há um verbo de significado completo e não há nenhum predicativo do sujeito (características do sujeito) – Ex: Nós compramos um carro.
Predicado Verbo-Nominal: quando há um verbo de significado completo e um predicativo do sujeito. – Ex: Os atletas chegaram cansados em casa.
Modelo de análise sintática completa:
“Todos nós sabemos o quanto o estudo é importante”
Sujeito: Todos nós
Núcleo: nós
Tipo: simples
Predicado: sabemos o quanto o estudo é importante.
Núcleo: sabemos
Tipo: verbal
Faça a análise sintática completa das frases abaixo:
Mariana aprovou os livros comprados.
Sujeito:
Núcleo:
Tipo:
Predicado:
Núcleo:
Tipo:
As chaves e as malas estão no carro.
Sujeito:
Núcleo:
Tipo:
Predicado:
Núcleo:
Tipo:
Observou emocionado aquela cena.
Sujeito:
Núcleo:
Tipo:
Predicado:
Núcleo:
Tipo:
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