sexta-feira, 30 de abril de 2021

1º de MAIO - DIA DO TRABALHADOR (DO SUS!)

 


Quando se fala em dia do trabalho, ou do trabalhador, é comum que a imagem que vem à nossa cabeça seja a de um operário, o clássico trabalhador da fábrica;  ou de um trabalhador da construção civil. Dificilmente virá à memória... uma mulher, ou um servidor das chamadas áreas "essenciais" tão necessárias à sociedade: saúde, segurança pública, assistência social.

E não é por acaso que essa visão se impõe. De fato, foram os trabalhadores de uma fábrica de Chicago que resolveram cruzar os braços em protesto por suas condições de trabalho em 1º de maio de 1886. Daí em diante, uma onda de manifestações e conflitos violentos se desencadeou... paralisando os parques industriais e denunciando para o mundo todo, que as "promessas de modernização" da Revolução Industrial em curso, não constituíam um bem universal da humanidade.  

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, foi um dos acontecimentos mais importantes da História. Dali se espalhou para a Europa, e depois, para outros continentes, como o americano. 

Uma das consequências  da Revolução Industrial foi a formação de grandes centros urbanos, e consequentemente de uma grande concentração de pessoas em seu entorno, sobretudo de operários, cujo trabalho nutria as indústrias. 

classe operária demandou uma série de necessidades que nem sempre era cumprida pela burguesia industrial. As horas trabalhadas eram excessivas, os salários eram baixos e a relação entre empregado e empregador nem sempre era amistosa.

Nesse contexto, surgiram os sindicatos e os movimentos de trabalhadores, cuja principal forma de intervenção política era a greve. A greve geral tornou-se um instrumento de pressão frequentemente usado. Entretanto, às greves também se juntavam outras práticas, como a ação direta e manifestações. 

A greve geral de 1º de maio de 1886, em Chicago, resultou em forte repressão policial provocando a morte de sete pessoas durante manifestação na praça Haymarket (Chicago). Esse conjunto de eventos no 1º de maio tornou-se símbolo das manifestações e lutas futuras por direitos trabalhistas  em várias partes do mundo.

Hoje, passados 135 (cento e trinta e cinco) anos, as bandeiras por melhores condições de vida e de trabalho nas fábricas continuam necessárias. Mas com certeza não é mais um privilégio dos operários (de resto, poucos em nossos dias!) 

É preciso incluir mulheres, comerciários, servidores públicos, operadores de telemarketing e, entre outros, entregadores de aplicativo (os chamados trabalhadores "uberizados"), cujas condições de trabalho parecem ser mais precárias que as dos operários de Chicago em 1886!

E em tempos de pandemia não é demais lembrar que essas condições de trabalho implicam em máscaras de proteção individual e vacinas para os corajosos profissionais de saúde que, mesmo ganhando pouco e fazendo jornadas estafantes, continuam na linha de frente do combate ao COVID - 19. Nesse 1º de maio é a eles, que nem feriado terão, que devemos dedicar os nossos mais generosos pensamentos e pedidos de reconhecimento. Vida longa aos trabalhadores e trabalhadoras dos SUS!

                                             

Para saber mais sobre o 1º de maio: FERNANDES, Cláudio. "1º de maio – Dia do Trabalho"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-do-trabalho.htm. Acesso em 30 de abril de 2021.

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